PAC vai construir casas em bairro da periferia da região metropolitana de Curitiba

25/09/2009 - 20h06

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - O ministro doPlanejamento, Paulo Bernardo, o governador Roberto Requião e opresidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), RafaelGreca, assinaram hoje (25), no bairro Guarituba, no município dePiraquara, na região metropolitana de Curitiba, a ordem de serviçopara o início das obras de 803 casas que serão construídas porintermédio do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).O projeto éconsiderado uma das maiores ação de urbanização de favelas erecuperação de mananciais em execução no Brasil, com investimentos de R$ 91,7 milhões. “É o principal projeto do PACna área de habitação no Paraná. Maior do que esse só algunsprojetos dos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, que envolvemgrandes aglomerações urbanas”, afirmou Paulo Bernardo.Segundo o ministro,serão beneficiadas nessa região aproximadamente 45 mil pessoas, umnúmero maior do que muitas cidades do interior do estado. Oinvestimento é de R$ 91,7 milhões na urbanização de favelas e dehabitação para cerca de 12 mil famílias que moram em situação derisco, na beira dos rios Itaqui, Piraquara e Irai.De acordo com PauloBernardo, é preciso lembrar a importância do projeto na recuperação dos mananciais que abastecem 80% da população daGrande Curitiba. Além das 803 casas, que devem atender cerca de 3mil pessoas, outras 8.087 famílias tiveram garantidas a posse desuas terras com a regularização fundiária. Serão feitas ainda melhorias em todo o bairro, como água encanada, coleta de esgoto,luz elétrica, pavimentação e drenagem para que não ocorramalagamentos.O valor da casa, de 40metros quadrados, será subsidiado em 70%, e os 30% restantes serãofinanciados. A escritura será feita em nome da mulher.O ministro lembrou queesteve em Guarituba com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em2007, para o lançamento do PAC no Paraná, quando a região era todaalagada. O terreno de turfa – semelhante à terra movediça,recebeu um projeto de engenharia estratégico que nunca havia sidoexecutado numa urbanização de favelas e recuperação demananciais.No local onde serãoconstruídas as casas foram concluídas obras de drenagem, com aabertura de valas para secagem dos terrenos do solo de turfa. Parasecá-la, a drenagem rebaixou o lençol freático entre dois e trêsmetros, permitindo receber obras para formação de ruas, galerias efundação das moradias.“O presidente, comcerteza, vai querer ver essas casas já construídas. Vamos combinaruma nova visita até o mês de abril para ele ver de perto o bomandamento das obras”, disse Paulo Bernardo.Segundo o governadorRequião, para executar o trabalho de terraplenagem foi firmada umaparceria com o Departamento de Estradas e Rodagem (DER), que realizouo trabalho junto com a Cohapar.“Alegando sercomplicado lidar com este tipo de solo as empreiteiras se uniram epediram R$ 3 milhões pelo serviço. Resolvemos a situação alugandoequipamentos e tudo ficou por menos de R$ 1 milhão. Essa é amaneira de administrar recursos públicos”, comentou Requião.