Chuva atrapalha Dia Mundial sem Carro no Rio

22/09/2009 - 14h20

Thaís Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Alguns cariocas deixaram o carro na garagem nesta terça-feira(22), Dia Mundial sem Carro, mas o impacto não foi tão sensível paraquem saiu de casa nos horários em que as ruas apresentammaior movimento. A chuva que atinge o Rio de Janeiro desde ontem (21)e a falta de ciclovias atrapalharam os planos da prefeitura, que organizou diversos eventos por toda a cidadepara estimular a população a usar bicicletas. Mesmo sob chuva fina, o prefeitoEduardo Paes (PSDB) saiu de bicicleta da residência oficial na Gávea Pequena, noAlto da Boa Vista, com destino ao trabalho no Palácio da Cidade, emBotafogo, zona sul da cidade Deacordo com a Coordenadoria de Vias Especiais (CVE) da prefeitura doRio, a movimentação foi normal, sem reduções perceptíveis na AvenidaBrasil, via expressa que liga a zona oeste ao centro da cidade, naLinha Vermelha, que liga os municípios da Baixada Fluminense também ao centro, e nos principais túneis. Para garantir que os usuáriosde trens não precisassem esperar muito tempo caso houvesse aumento naprocura, a Supervia, concessionária responsável pelo meio detransporte, disponibilizou 100% de sua frota. Mas, de acordo com aassessoria de imprensa da companhia, não foi preciso fazer alteraçõesno esquema porque pelo menos até o fim da manhã não foi verificadoaumento da demanda. A concessionária Metrô-Rio também montou esquema especial, aumentando o número de composições e reduzindo osintervalos entre as partidas, mas a assessoria de imprensa da empresanão soube informar se o número de passageiros havia aumentado durante amanhã.O advogado Pedro Carvalho, que costuma fazer o trajetoBarra da Tijuca-centro em aproximadamente uma hora e quarenta minutos contou quehoje levou menos tempo. “Ainda havia muitos carros na rua, mas levei alguns minutos a menos do que ontem, por exemplo, quando saímais cedo de casa e cheguei mais tarde ao trabalho”, afirmou.Jáo segurança Tiago Barros não sentiu diferença e gastou o mesmo tempoque costuma levar diariamente para percorrer de ônibus o trajeto entreBangu, na zona oeste, e o centro da cidade: uma hora e meia. “Nãosei se em algum lugar da cidade essa campanha fez diferença, porque eunão vi nada. Peguei o mesmo engarrafamento de todos os dias”, disse.Para marcar a data, a prefeitura também promove, durante todo o dia, umasérie de eventos culturais e educativos destacando a importância de repensar o uso do automóvel como meio de transporte nas grandes cidades. ACompanhia de Engenharia do Tráfego do município (CET-Rio) determinou aredução do limite de velocidade de 32 ruas secundárias do bairro deCopacabana, que passou a ser de 30 quilômetros por hora, e proibiu oestacionamento de veículos em diversas ruas do centro. Alémdisso, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) instalou equipamentospara monitorar a qualidade do ar em dois pontos do centro. ODia Mundial sem Carro é um movimento iniciado na Europa há 11 anos. Aideia da campanha é que, uma vez por ano, as pessoas deixem seusveículos em casa e utilizem o transporte público ou mesmo alternativo.A iniciativa ocorre simultaneamente em 1.500 cidades de todo o mundo.