Caiado mostra documento sobre segurança no Planalto e fala em CPI sobre caso Lina Vieira

22/09/2009 - 16h32

Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O líder da oposição na Câmara, Ronaldo Caiado (DEM-GO), apresentou aosjornalistas, hoje (22), documentos sobre como funciona o sistema deidentificação de visitantes do Palácio do Planalto, com o objetivo decomprovar que a segurança da Presidência da República tinha como identificar e armazenardados sobre a visita da ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira,à ministra Dilma Rousseff. “Essedocumento [que ele afirma ter recebido por e-mail] mostra que o sistema do palácio é altamente sofisticado, quepossui condições de identificar a placa do carro e cruzar informaçõesdas câmeras de segurança com os dados de identificação da portaria”,explicou o deputado. Além disso, segundo Caiado, o sistematambém teria um software capaz de compactar os dados, de modo aguardá-los por muito tempo sem ocupar espaço. “Eu não acredito que umsistema de segurança sofisticado como este, de um palácio que resguardao presidente da República e as pessoas que o cercam, não tenha comoarmazenar as informações por mais de 30 dias”, afirmou. Segundoele, se ficar comprovado que o sistema tinha de fato como identificar apresença de Lina Vieira e como armazenar os dados sobre a presença delano Planalto, já existe a possibilidade de criação de uma comissão parlamentar de inquérito parainvestigar o caso. “Porque, aí, fica claro que aquilo que nos foirespondido num requerimento de informação não é condizente, nemcompatível com as informações que temos recebido”, afirmou.Odeputado diz que recebeu as informações por e-mail, de “uma pessoa quese identificou” e que cabe, agora, à Casa Civil demonstrar como funcionao sistema. “Eu estou aguardando os contratos [com a empresa de segurança] para, junto com a nossaassessoria técnica, aceitar o convite do general Jorge Félix[responsável pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência] para nos mostrarcomo funciona”, disse. Caiado afirmou, ainda, que fez umrequerimento para que o contrato com a empresa de segurança e osaditivos feitos desde 2003 sejam apresentados. Segundo ele, orequerimento está “parado” na mesa do deputado Marco Maia (PT-RS),integrante da Mesa Diretora.De acordo com ele, quando solicitou à Casa Civil as informações sobre os visitantes do palácio dos meses de novembro e dezembro doano passado, recebeu a informação de que o sistema de identificação nãoarmazenava dados por mais de 30 dias, o que impossibilitava conferir sea ex-secretária havia de fato se encontrado com a ministra.