Pré-sal: Temer vai propor a Lula calendário de votação em vez de regime de urgência

09/09/2009 - 16h48

Iolando Lourenço e Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Câmara,Michel Temer (PMDB-SP), reúne-se daqui a a pouco com o presidenteLuiz Inácio Lula da Silva para falar sobre a possibilidade deestabelecer um calendário para votação dos quatro projetos de leique tratam da exploração da camada do pré-sal, em troca da retirada da urgência constitucional... Líderes da base aliada também vão participar do encontro com Lula.Ontem (8), Temer disseque conversaria hoje (9) com líderes da oposição e também da basealiada para marcar uma data para votação dos propostas, que podeser daqui a 50 ou 60 dias na Câmara. Temer seria o fiador do acordoentre governistas e oposicionistas e se incumbiu de apresentá-lo aLula.Temer supõe que aoposição suspenderá a obstrução em plenário, caso o acordo sejafechado. Com isso, a Câmara retomaria a pauta do plenário. Além depermitir a apreciação de projetos que aguardam votação, o acordoabriria caminho para análise das propostas do pré-sal.Pelo regime de urgênciaconstitucional, os projetos do pré-sal começarão a trancar a pautada Câmara no dia 17 de outubro. Temer defende o acordo para evitar aparalisação da Casa.O ministro de Minas eEnergia, Edison Lobão, confirmou o acordo proposto por Temer parasubstituir o regime de urgência para apreciação dos projetos dopré-sal por um calendário de votação.“Temer negocia com aslideranças uma troca da urgência por um compromisso dos partidos nosentido de votarem com grande rapidez as mensagens que foramencaminhadas. O tempo seria parecido, um pouco mais elástico do queo que a urgência prevê”, explicou Lobão.Questionado sobre apossibilidade de o governo retirar o regime de urgência dos quatroprojetos, caso haja acordo entre os partidos na Câmara, Lobãorespondeu apenas que “a palavra está com o presidente daRepública”, evitando emitir opinião.O prazo de urgênciaconstitucional prevê que os projetos tem 45 dias para serem votadona Câmara e mais 45 no Senado.Temer disse que falouontem (8) com o presidente, mas Lula não teria adiantado nenhumaproposta sobre a retirada do pedido de urgência. “O clima estábom. Se pudermos chegar a uma composição, será muito bom para aCasa. Vamos conversar hoje.”