Ministério Público reforça argumentos para que STF abra ação penal contra Palocci

27/08/2009 - 17h16

Marco Antonio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O procurador-geral da República,Roberto Gurgel, defendeu hoje (27), no plenário do Supremo TribunalFederal (STF), a abertura de ação penal contra o deputado federal eex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (PT-SP), o ex-presidente daCaixa Econômica Federal Jorge Mattoso e o jornalista Marcelo Netto,ex-assessor de imprensa do Ministério da Fazenda, acusados da quebrado sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa e dadivulgação indevida desses dados, em março de 2006Gurgellembrou que, no dia 16 de março 2006, data da violação do sigilobancário do caseiro, Palocci e Netto “tiveram numerosos contatosentre si, o que não era usual,” revelados pela quebra do sigilotelefônico de ambos, e posteriormente marcaram um encontro com oentão presidente da Caixa, Jorge Mattoso, cientes dos dados que eleteria sobre o caseiro. Tais dados foram divulgados por uma revista decirculação nacional no dia 17 de março. “Os dadosbancários de Francenildo foram efetivamente obtidos pelosdenunciados e divulgados para a revista Época[no dia 17]”,afirmou Gurgel. “O extrato divulgado pela revista Épocaera rigorosamente o mesmo impresso no dia anterior”,acrescentou.A sessão de julgamento do caso entrou emintervalo e será retomada com as sustentações orais pelosadvogados de Palocci, Mattoso e Netto. Em seguida, os ministrosiniciarão a votação, a começar pelo relator, o presidente daCorte, ministro Gilmar Mendes. Os ministros do STF não aceitaram pedido doadvogado do caseiro Francenildo, Wlício Nascimento, para também semanifestar em sustentação oral. Francenildo acompanha o julgamentono plenário do STF. Palocci, Mattoso e Netto não compareceram.