Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O assessor especial daPresidência da República para Assuntos Internacionais,Marco Aurélio Garcia, disse hoje (27) que o acordo entreBrasil e Paraguai sobre a Hidrelétrica Binacional de Itaipu,assinado neste final de semana, normaliza as relaçõesentre os dois países, que sofriam “um certo desgaste”.Embora o acordo tenhaficado aquém das primeiras reivindicações doParaguai, o Brasil aceita triplicar para US$ 360 milhões ataxa paga pela energia não utilizada pelo vizinho (o Paraguaiqueria US$ 800) e assinala a possibilidade de o Paraguai vender aenergia excedente para outros países.“Sempre se quer mais.Mas essa foi uma proposta aceita pelo Paraguai e a última queele fez ao Brasil”, afirmou. “Acho que desatamos um nó quehavia até então”, completou.Após participardo Seminário Internacional de Mídia sobre Paz noOriente Médio, no Rio de Janeiro, Garcia também disseque o acordo beneficiará o Paraguai sem criar nenhum tipo deônus para o consumidor brasileiro. “[Os custos do acordo]serão assumidos em parte pelo Tesouro e em parte por uma sériede soluções técnicas que são estudadas eanunciadas nos próximos 60 dias”, disse.O assessor aindaexplicou que os detalhes do contrato, como a viabilidade da venda daenergia excedente do Paraguai para terceiro, a partir de 2023, serãoanalisados pelos governos dos dois países nos próximosmeses.