Luiz Augusto Gollo
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Osdeputados Vanderlei Macris (PSDB-SP), Leonardo Quintão (PMDB-MG) e HugoLeal (PSC-RJ), da Subcomissão de Transporte Ferroviário de Passageiros,da Comissão de Transportes, da Câmara dos Deputados, começaram hoje(13), pelo Rio de Janeiro asvisitas que farão às capitais para verificar como está este tipo detransporte urbano no país. Amanhã (14), eles seguem para São Paulo, na quarta-feira (15), paraBrasília. “Estamosconhecendo a situação, porque o país deixou de investir neste tipo detransporte há muito tempo”, declarou o deputado Hugo Leal, a bordo dotrem da Supervia no trajeto entre a Central do Brasil e a Estação doEngenho de Dentro. Ele destacou, também, que os investimentos emtransporte urbano ferroviário são muito altos e de retorno lento. Para ele, os custos devem ser assumidos pelo Poder Público em parceria com a iniciativaprivada.“Aqui no Rio, Supervia e Metrô estão apresentandoresultados positivos há apenas dois anos. Até então, em 10 anos, sótiveram prejuízo”, disse Hugo Leal. “Como o transporte coletivo éconcessão pública, o Estado é dono dos trens e as empresasconcessionárias são as operadoras. Isto já é uma parceria que vem desdeantes da proposta do PPP, as parcerias público-privadas”, enfatizou. Na cidade do Rio de Janeiro,a Supervia opera os trens suburbanos tradicionais e o Metrô, as linhas 1e 2 e o chamado metrô de superfície, que são, na realidade, ônibus refrigeradoscom estações determinadas para embarcar e desembarcar passageiros. Os deputados começaram as visitas, na companhia do secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes,até à sede do Metrô, ao Centro de Controle Operacional eàs oficinas, no centro da cidade. Eles estiveram nas obras da linha 1-A, que ligará o bairro de São Cristóvãoà Praça da Bandeira.Depois, foram à sede da Supervia,administradora das linhas de trens comuns, onde assistiram a um vídeoinstitucional e conheceram o Centro de Controle Operacional. Depois, acomitiva foi até a Estação Central do Brasil, seguindo em trem especialaté o Engenho de Dentro, uma das mais movimentadas na linha dossubúrbios cariocas.Pouco depois das 17h, eles seguiram de carro até a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) paraconhecer o Maglev, o trem magnético leve, desenvolvido pelo InstitutoLuiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ). O projeto foi apresentado pelo seu coordenador, o professor Richard Stephan.OMaglev dispensa trilhos e rodas e foi projetado pela equipe doLaboratório de Aplicações de Supercondutores (LASUP), da Coppe, e daEscola de Engenharia da UFRJ, para percorrer um trecho de 114 metrosdurante a fase de teste e transportar até seis pessoas, por módulo de 1 metro de comprimento. A meta, até o ano que vem, é ampliar para3 quilômetros o trajeto, na Cidade Universitária, e aumentar acapacidade de transporte para 254 passageiros, por viagem, do HospitalClementino Fraga Filho ao prédio da reitoria, a uma velocidade de 70quilômetros por hora, como a do metrô carioca.