Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Dias antes da reunião do G8 na Itália, marcada para a próxima quarta-feira (8), opresidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (6) que“está vendo pouca coisa acontecer por parte dos paísesricos”. O grupo reúne os sete países mais desenvolvidos do mundo e a Rússia. “É preciso cobrar o que decidimos que o FMI[Fundo Monetário Internacional] e o Banco Mundial iriamfazer”, acrescentou o presidente, que está na França.No programa semanal de rádio Café com o Presidente, Lula afirmou que espera avanços dos países ricos e reiterou que o “grande fórum de discussões das questõeseconômicas” deveria ser o G20, grupo que reúne as economias desenvolvidas e emergentes, que tem reuniãomarcada para setembro.Dentre ostemas que devem entrar em pauta no G8, o presidente destacou a segurançaalimentar e lembrou que, de acordo com a Organizaçãodas Nações Unidas para Agricultura e Alimentação(FAO), o número de pessoas que passa fome no mundo deve passar de 1 bilhão este ano. Paraele, o Brasil tem “uma lição a dar” e “experiência”por meio de programas como o Mais Alimentos.“Vamoschegar [à reunião do G8] em uma posição confortável de discutir,em condições de igualdade, com os países ricosdo mundo. A verdade é que a situação estátão complicada que hoje é muito difícil ospaíses ricos tomarem uma posição que nãoleve em conta o chamado Bric [grupo que reúne o Brasil, a Rússia, a Índia e a China]”, disse.Lulaparticipa hoje de um jantar com o primeiro-ministro português,José Sócrates. Amanhã (8), o presidente brasileiro se reúnecom o chefe de Estado francês, Nicolas Sarkozy.