Pesquisa da UFRJ mostra potencial industrial da zona oeste do Rio

29/06/2009 - 16h02

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Com cerca de dois milhões de habitantes e um dos menores Índices deDesenvolvimento Humano (IDH) da capital fluminense, a zona oeste podeavançar na área social desenvolvendo a indústria. É o que revelapesquisa divulgada hoje (29) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Odocumento aponta os principais problemas sociais e mapeia o potencialeconômico da região, lembrando que a zona oeste concentra boa parte dasindústrias da cidade, cerca de 8 mil estabelecimentos. A universidade sugere também intervenções nas áreas econômica, educacional ede segurança, por exemplo. Para economista Renata La Rovere,responsável pelo levantamento, além dos investimentos eminfraestrutura de transporte, habitação e segurança – os principaisproblemas da área – é preciso estabelecer parcerias entre empresas,universidade e órgãos de governo com o objetivo de promover odesenvolvimento tecnológico e gerar mais empregos. Do ponto de vistaeconômico, especificamente, a pesquisa recomenda ao governo quesimplifique a formalização de microempresas, ofereça incentivosfiscais e crie uma logística para o transporte de cargas por meio dareforma e ampliação da malha ferroviária e rodoviária, por exemplo. Durantea apresentação da pesquisa, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), ovice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, informou que o governo tem metasclaras para região, inclusive na área de segurança, enfrentando asmilícias, combatendo a exploração cladestina do comércio de gás e do transportealternativo. Em relação à logística de transporte,Pezão disse que as obras de pavimentação do arco rodoviário entreSaracuruna, na baixada fluminense, e Itaguaí, no interior, serãoretomadas na próxima semana, facilitando o acesso aos portos e oescoamento da produção.  “O governador também está comprandomais trens, na China, o que será um grande benefício para região”,acrescentou, referindo-se aos trens para transporte de passageiros, o que podeajudar a desafogar os frequentes congestionamentos na localidade.