Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A valorização do real fez a dívida públicaficar praticamente estável em maio. Segundo númerosdivulgados hoje (23) pelo Tesouro Nacional, o estoque da DívidaPública Federal (DPF) encerrou o mês passado em R$ 1,388trilhão, uma alta de 0,31% em relação aabril.O maior responsável pela estabilidade foi adívida externa, que caiu 6,70% no mês, alcançandoR$ 114,06 bilhões. Essa redução, segundo oTesouro, foi consequência da queda de 9,42% do dólar emmaio, contra alta de 3,42% no mesmo período do ano passado.Adívida mobiliária (em títulos) interna subiu0,99%, passando de R$ 1,261 trilhão para R$ 1,274 trilhão.A alta ocorreu porque o Tesouro emitiu R$ 2,45 bilhões a maisem títulos do que resgatou, além da despesa com jurosno valor de R$ 10,03 bilhões.Em relaçãoà composição, a proporção detítulos prefixados na dívida mobiliária internapassou de 28,51% em abril para 29,83% no último mês. Ospapéis prefixados são os mais procurados naadministração da dívida porque têm arentabilidade definida com antecedência. Dessa forma, o Tesourosabe exatamente quanto vai pagar para resgatar os títulos.Aparticipação dos papéis corrigidos pela Selictambém subiu, de 37,06% em abril para 39,24% em maio. Ostítulos indexados aos juros básicos oferecem risco parao governo porque a despesa com os juros pode subir em caso de alta daSelic. No entanto, numa situação de queda nos jurosbásicos, o custo para o Tesouro fica menor.A parcelados títulos corrigidos ao índice de preços caiuum pouco, de 30,59% em abril para 28,44% em maio. Também porcausa da queda do dólar, a proporção da dívidainterna vinculada ao câmbio caiu de 2,27% para 0,94%.Oprazo médio da DPF subiu um pouco em maio, passando de 3,55anos para 3,56 anos. Esse é o intervalo que o Tesouro levapara renovar completamente a dívida. Prazos mais longosindicam que a confiança dos investidores no governo brasileiroestá maior.