Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Para o presidente da Associação dos Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), Aylton Fornari, a troca de sacolas plásticas é um projeto inviável para o setor. “Nós já demonstramos para o governo a impossibilidade de cumprir isso”, afirmou Fornari em entrevista à Agência Brasil.
A Asserj vai discutir o assunto na segunda-feira (22) e terça-feira com o objetivo de definir uma alternativa para apresentação ao presidente da Assembléia Legislativa (Alerj), Jorge Picciani. Na quarta-feira (24) será votada a proposta do governo do estado que prevê a substituição gradual das sacolas plásticas pelo comércio por bolsas reutilizáveis, fabricadas com um material que agrida menos o meio ambiente.
O presidente da Asserj destacou que os supermercados dão as sacolas plásticas gratuitamente para os clientes que, muitas vezes, levam unidades a mais, “à vontade”, para outras finalidades.
Como o projeto do governo do estado prevê a possibilidade de recompra dos sacos plásticos pelos comerciantes, Fornari disse que “vai ser um tal de levar mais sacolas para depois voltar e vender para o supermercado. Não tem o menor sentido isso. Salta aos olhos que não vai dar certo”.
Cada sacola entregue pelo consumidor teria um preço de recompra de R$ 0,03. A solução, para Fornari, seria o governo autorizar as redes a cobrarem pelos sacos distribuídos nas lojas.
Ele reconheceu que o plástico jogado no meio ambiente representa um problema que precisa ser solucionado. Mas enfatizou que a solução não é a substituição das sacolas plásticas pelo comércio.
A Asserj pretende elaborar uma proposta alternativa que seja mais consistente e economicamente viável. “Nós achamos que esse é um grande problema e estamos muito preocupados com isso."