Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A confiança doconsumidor brasileiro cresceu 3,7% no segundo trimestre deste ano (110,3 pontos), na comparação com operíodo anterior (106.3 pontos). Quando comparado ao segundo trimestre de 2008, não houve alteração. O Índice Nacional deExpectativa do Consumidor (Inec) foi divulgado hoje (18) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).Para os técnicos da entidade, a melhora de expectativa com a inflação e o desemprego influenciaram no resultado. A pesquisa entrevistou2.002 consumidores em 143 municípios em todo o Brasil. De acordo com apesquisa, 53% dos entrevistados acham que a inflaçãovai aumentar, 12% dizem que vai diminuir e 34% disseram que nãovai mudar. Na pesquisa anterior esses índices eram de 67%, 9%e 24% respectivamente, o que representa uma melhora de 11,2%Em relaçãoao desemprego, 54% dizem que vai aumentar, 22% que vai diminuir e 24%dizem que não vai mudar. No primeiro trimestre esses índiceseram de 70%, 14% e 17%, uma melhora de 17%.Sobre a renda pessoal, 37% acreditam que vai aumentar, 14%, que vai diminuir e49% acreditam que não vai mudar. Nos três mesesanteriores esses índices eram de 40%, 14% e 47%. O índice situação financeira, assim como o de renda pessoal, não teve muitas alterações.Entre os que acham que a renda vai aumentar muito estão 32%,contra 34% no semestre anterior; 48% acham que vai ficar igual,contra 47 nos três primeiros meses; e os que acham que vaipiorar são 21%, contra 20%.O índice deendividamento também se manteve estável. Os que afirmamestar mais endividados são 29%, sendo que no semestre anterioresse número era de 32%; os que tem o mesmo número dedívidas são 39%, mesmo número do trimestreanterior; já os que disseram estar menos endividados são32% e no semestre anterior eram 28%.Mesmo com a melhora da expectativa, a maioria manteve a cautela no que diz respeito ao consumo de bens de maior valor. Para 51% o momento é de manter os bens de que dispõem e 24% pensam em reduzir essas compras. Apenas 3% dos entrevistados disseram que pretendem aumentar muito esse consunmo e 24% querem aumentar o volume de compras. No semestre anterior os que queriam manter o que já tinham representavam 47% dos entrevistados; os que pensavam em diminuir o consumo eram 24% e os que queriam aumentar somavam 29%.