Empréstimo ao FMI não reduz reservas internacionais do Brasil

10/06/2009 - 15h00

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A aquisição do Brasil de US$ 10 bilhões em títulos do FundoMonetário Internacional não provocará uma redução das reservas internacionais que somam atualmente US$ 204 bilhões.Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, as reservas brasileiras estão, em sua maior parte, aplicadas emtítulos do tesouro americano, que no momento rendem muito pouco e emoutras aplicações semelhantes no mercado internacional. “Na verdade, é como se vocêmudasse a aplicação que está fazendo. A vantagem que você estáviabilizando recurso para o Fundo Monetário Internacional, que é umainstituição encarregada pelo G-20 para socorrer países comdificuldades”, disse. As reservas internacionais são usadas pelo governo para o pagamento de compromissos da dívida externa pública. Os novos bônus que o Brasil estáadquirindo do Fundo serão expressos em Direito Especial de Saque (DES),uma espécie de moeda do Fundo. Esses títulos estão sendo subscritos pelaChina, que também fará uma aquisição de US$ 50 bilhões desses papéis. ARússia ficará com US$ 10 bilhões, e a Índia não informou ainda aquantidade de títulos a ser adquirido. Esses países formam o grupo Bric(Brasil, Rússia, Índia e China). “Na reunião do Bric, durante o encontro do G-20, combinamos que iríamosfazer aportes maiores ao FMI desde que houvesse esse novo bônus sendoemitido.”, disse. Na operação anunciada hoje, o ministro não informou qual o rendimento que o Fundo Monetário Internacional oferecerá pelos bônus aos países.