Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O AterroMetropolitano de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, na BaixadaFluminense, ganhou hoje (5) uma usina de biogás que vaibeneficiar todo o país, ao reduzir as emissões de gasesde efeito estufa.
De acordocom a presidente da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb),Ângela Fonti, a usina de biogás evitará que nospróximos 15 anos cerca de 75 milhões de metros cúbicosde metano por ano sejam liberados para atmosfera.
Amovimentação econômica gerada pela usina nospróximos 15 anos será de R$ 407 milhões, segundoo consórcio Novo Gramacho, vencedor da licitaçãopara desenvolver a iniciativa, que investiu R$ 41 milhões nainstalação dos equipamentos para queimar o gásproveniente do lixo.
“Ofaturamento da empresa virá da venda de créditos decarbono aos países ricos comprometidos com a reduçãode emissões de gases de efeito estufa e, futuramente, da vendado próprio biogás para indústrias interessadas”,explicou Ângela Fonti.
O contratode concessão prevê que 36% dos ganhos com a venda doscréditos de carbono sejam revertidos em partes iguais àComlurb e à Prefeitura de Duque de Caxias.
Também serácriado um fundo para auxiliar os cerca de mil catadores da regiãoa se capacitar em outras atividades, depois da transformaçãodo aterro. A área está saturada e deve ser desativadaem cinco anos no máximo, como explicou o prefeito do Rio,Eduardo Paes, durante a inauguração da usina.
“Gramachoem breve servirá apenas para transformar resíduossólidos em energia. Por isso estou estudando com o prefeito deDuque de Caxias, José Camilo Zito, um local na Cidade dosMeninos, aqui em Caxias, para substituir o Aterro de Gramacho”,disse o prefeito carioca.
Paes nãodescartou outras alternativas e acredita que até o fim do anoa prefeitura tenha uma solução para o destino dosresíduos sólidos da região metropolitana do Rio.O AterroSanitário Metropolitano de Jardim Gramacho, que começoua funcionar em 1978, ocupa uma área de 1,3 milhão demetros quadrados e recebe mais de 80% do lixo produzido na regiãometropolitana do Rio, ou seja, cerca de 8 mil toneladas de resíduospor dia.