Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Embora esteja háquatro anos em processo de recuperação e ainda semresultado positivo, a Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep)já consegue faturar R$ 100 milhões por ano, contra osR$ 4 milhões registrados há décadas. Opresidente da empresa, Jaime Cardoso, espera faturar algo em torno deR$ 200 milhões em 2010. A empresa é vinculada aoMinistério da Ciência e Tecnologia.Com as obras que vêmsendo realizadas em parceria com a Petrobras, a Eletronuclear e aMarinha, ele espera que em até um ano e meio, “a Nucleppossa, finalmente, dizer que não precisa de nenhum recurso doTesouro Nacional”.Para que a empresafique totalmente independente do governo federal, Cardoso estimou queo faturamento deverá ser de até R$ 350 milhões/ano.“Nós estamos nos aproximando [dessa meta]aceleradamente”.Ele negou, porém,que a empresa esteja dando prejuízo. A Nuclep ficou em estadode inanição, a partir do encerramento do ProgramaNuclear Brasileiro pelo governo militar. O esforço agora étornar a Nuclep capaz de efetuar empreendimentos estratégicos.“Isso, para ogoverno, não pode ser cuidado só como uma questãocontábil. Nós estamos falando de valores intangíveistambém”. Cardoso considera que a Nuclep tem um custo deposse estratégico para o país.A empresa esperaconcluir até setembro as obras de construção docasco da plataforma P-56 para a Petrobras. Essa é a segundaexperiência da Nuclep na área. A primeira foi com a obrado casco da plataforma P-51.Jaime Cardoso foihomenageado pelo Clube de Engenharia, em solenidade que contou com aparticipação de diretores da Petrobras, ComissãoNacional de Energia Nuclear (Cnen) e Eletronuclear, entre outrasempresas.A cerimôniaacabou transformada em um ato de desagravo à Petrobras pelacriação da Comissão Parlamentar de Inquérito(CPI), que investiga irregularidades na estatal brasileira deenergia.