Criação de CPI é campanha para enfraquecer imagem da Petrobras, avalia Aepet

18/05/2009 - 20h22

NIelmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A criação da CPI da Petrobras, noSenado, foi interpretada pelo presidente da Associaçãodos Engenheiros da Petrobras (Aepet), Fernando Siqueira, como umacampanha para enfraquecer a imagem internacional da empresa.“O queeles estão fazendo é uma campanha para enfraquecer aempresa, principalmente porque ela acaba de receber duas homenagensinternacionais”, disse citando o relatório da GoldmanSachs que considerou a Petrobras como uma das dez empresas maisviáveis do mundo e a pesquisa que classificou a estatal como aquarta empresa mais respeitada do planeta.Siqueira também manifestou estranheza pelofato da oposição votar pela CPI da Petrobras no momento em que está em fase final de definição o novomarco regulatório para a área do pré-sal.o presidente da Aepet disse que vê na criação da CPIinteresses do sistema financeiro internacional na região dopré-sal e lembra que os Estados Unidos, com reservas de 29bilhões de barris e um consumo de dez bilhões por ano,encontram-se em uma situação desesperadora. Para Siqueira, existe ainda o interesse do carteldas sete irmãs (os principais países produtores e queintegram a OPEP) e que, em sua avaliação, estariafadado a desaparecer, uma vez que eles [do cartel] detinham90% das reservas mundiais, mas hoje contam com apenas 3%. “Então estes dois seguimentos estãoquerendo o petróleo do pré-sal para sobreviverem.Naturalmente sem dar ao Brasil a contrapartida necessária.Querem manter o atual marco regulatório totalmentedesvantajoso para o país”, afirmou.