Grupo Móvel vai manter operações contra trabalho escravo na zona rural do Paraná

23/04/2009 - 18h14

Lúcia Norcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - As operações contra o trabalho escravo em fazendas do Paraná vão continuar nas regiões agrária e florestal do estado. Na terceira operação deste ano 21 trabalhadores foram encontrados em condições análogas a de escracos em duas propriedades rurais de São João do Triunfo.Hoje (23) dez dos 21trabalhadores receberam opagamento de suas rescisões contratuais que totalizaram R$ 52mil. O Grupo Móvel de Fiscalização Contra o TrabalhoEscravo, formado pelo Ministério do Trabalho e Emprego,Ministério Público e Força Verde, responsávelpela fiscalização nas fazendas da zona rural de SãoJoão do Triunfo, onde os trabalhadores foram encontrados,acompanhou o pagamento aos trabalhadores.

Segundoo procurador do Ministério Público do Trabalho, LuercyLino Lopes, entre os trabalhadores libertados estava um adolescentede 17 anos. “A inspeção de rotina teve iníciona segunda-feira (20). Os trabalhadores já estavam no local hácinco meses, atuando no corte de pinus e vivendo em situaçãodegradante. Eles dormiam amontoados em barracos improvisados, sem asmínimas condições de higiene, conforto esegurança. Os colchões eram feitos depedaços de espumas”, disse à Agência Brasil.

Oprocurador afirmou ainda que os trabalhadores tinham sindocontratados por empreiteiros, “atravessadores”, que compram afloresta “em pé” . "Eles contratam pessoas para cortar opinus que é revendido a empresas da região", disse.

Osempreiteiros flagrados pelo Grupo Móvel de Fiscalização Contra o TrabalhoEscravo se comprometeram a regularizar as contratações,efetuar o pagamento das verbas rescisórias e indenizar ostrabalhadores por dano moral e individual.