Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro da Defesa, NelsonJobim, negou hoje (14) que a crise econômica internacional vácomprometer o orçamento de sua pasta. Segundo ele, o PlanoEstratégico de Defesa tem características de médioe longo prazos. "Não temos nada a ver com o curto prazo eessa crise, todos esperamos, é de curto prazo", disse eleem entrevista, durante visita à feira Latin America Aerospace & Defense (LAAD), no Riocentro.Jobimdestacou que os grandes projetos do setor recebem financiamentointernacional e que "estão na linha de políticasanticíclicas, que geram emprego, tecnologia e promovem odesenvolvimento nacional. Se estivéssemos só comprando,teríamos problemas, mas estamos induzindo a produçãonacional", acrescentou.O ministro afirmou ainda queo Brasil tem buscado parcerias com diversos países, emcondições de igualdade. Ele disse que o Brasil não é sócomprador e que o importante é havertroca de interesses entre as nações.Sobreos aeroportos brasileiros, Jobim informou que estãoprogramados investimentos de R$ 325 milhões para modernizar osterminais administrados pela Empresa Brasileira de Infra-EstruturaAeroportuária (Infraero).Ainda hoje, o ministro assina acordo com a Embraer para a compra de um aviãocargueiro para a Força Aérea Brasileira (FAB) e estará com opresidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vai percorrer osestandes da LAAD, considerada o maior evento do setor de defesa esegurança da América Latina.