Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Por meio de nota, o advogado do Banco Opportunity, Andrei Zenkner Schmidt, disse que a operação de busca e apreensão deflagrada hoje (8) pela Polícia Federal na sede da empresa no Rio de Janeiro estava “impregnada de arbitrariedades”.Segundo ele, o fato de ter sido executada no dia anterior ao feriado de Páscoa demonstra “o objetivo de dificultar a defesa”. Schmidt também reclamou do fato dessa busca ter sido deflagrada no mesmo dia em que o delegado Protógenes Queiroz - que deu início às investigações da Operação Satiagraha – está prestando depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Escutas Telefônicas Clandestinas da Câmara dos Deputados.“Os documentos que estão sendo buscados já haviam sido solicitados pela Polícia Federal. Na ocasião, a defesa recusou-se a entregá-los, porque já estavam à disposição da Polícia Federal, desde a busca e apreensão ocorrida em julho do ano passado”, disse, na nota, o advogado.Em outra crítica, o advogado questionou os motivos que levaram a Polícia Federal a fazer novas buscas na sede do grupo. “Ciente de que a Operação Satiagraha é nula em sua origem, tenta-se novamente acessar documentos para conferir nova aparência a uma prova antiga, já viciada”.O advogado finaliza a nota afirmando que a defesa não vai mediresforços para demonstrar que houve “mais essa arbitrariedade” e voltoua alegar a inocência de seus clientes que são investigados na OperaçãoSatiagraha por crimes financeiros.Também em nota, a Polícia Federal informou que a apreensão dos livros fiscais de registro obrigatório da contabilidade das empresas financeiras e não financeiras do grupo Opportunity foi necessária porque houve indícios de que transferências efetuadas entre as empresas do grupo “poderiam estar relacionadas a práticas delituosas”.A Polícia Federal também disse que havia obtido “apenas parte das informações solicitadas” e que a resistência da defesa em apresentar os documentos motivou a realização das buscas.