Mesa Diretora da Câmara autoriza ampliação do número de apartamentos funcionais

07/04/2009 - 15h16

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Mesa Diretora da Câmara aprovou hoje (7) a realização de uma reforma em parte dos apartamentos funcionais da Casa. A idéia é transformar os atuais apartamentos de quatro quartos da Quadra 202 Sul, em Brasília, em imóveis de dois dormitórios. Com isso, a Câmara pretende abrir vagas para todos os 513 parlamentares e, em um prazo de dois anos, acabar com pagamento do auxílio-moradia, hoje no valor de R$ 3 mil por parlamentar.De acordo com o 4º secretário da Câmara, deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), quatro blocos de quatro dormitórios passarão a ser de dois. Com isso, o número de apartamentos do bloco 202 Sul vai passar de 432 para 528. “Teremos a possibilidade de atender a todos. Com isso, há possibilidade, depois que todos os imóveis estiverem reformados, de extinguirmos a verba de auxílio-moradia”, ressaltou, acrescentando que metade dos parlamentares usa os apartamentos funcionais da Casa.Segundo Marquezelli, a Câmara gasta hoje cerca de R$ 13 milhões anuais com o pagamento do auxílio. A reforma, de acordo com o ele, ficará em torno de R$ 150 milhões. O deputado assegurou que a reforma e ampliação do número de apartamentos funcionais não ficarão só no papel, como em outras legislaturas. “A proposta já foi aprovada e eu já estou implementando isso. À tarde, já faço a assinatura definitiva para que se iniciem a contratação e a divisão dos apartamentos”, disse.Além da economia dos R$ 13 milhões gastos hoje com o pagamento do auxílio moradia, Marquezelli acrescentou que a Câmara espera economizar também, após o término da reforma, com a administração dos edifício. “A Mesa pretende implementar o sistema de condomínios. Vamos fazer a administração por prédio. Os parlamentares escolherão entre eles um síndico e contratarão quem vai fazer a administração. A Mesa se propõe, no futuro, a pagar a taxa de condomínio. Isso fica muito mais barato, ao contrário do que ocorre hoje, em que é administrado pela Casa”, disse Marquezelli, lembrando que as Forças Armadas já adotam o mesmo sistema.