Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Umacomparação sobre o custo do crédito no Brasil e em outros países demonstra que as taxas brasileiras são bem mais altas do que as cobradas no exterior. Pesquisa divulgada hoje (7) peloInstituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indica que oempréstimo para pessoa física no Brasil chega a custar dez vezesmais do que em uma agência européia do mesmo banco.
Nocaso de pessoa jurídica, o brasileiro tem que pagar quatro vezes pelo empréstimo em relação ao valor cobrado nos Estados Unidos e nachamada Zona do Euro, indica o estudo Transformações na Indústria Bancária Brasileira e o Cenário de Crise.
Apesardas diferenças entre as taxas, o Ipea aponta “avanço” napopularização de serviços bancários no Brasil, pormeio operações de correspondentes não-bancários. Em 2008, havia no país 84,3 mil correspondentes bancários em estabelecimentos como padarias, postos lotéricos, farmácias e agências dos Correios.
O estudo mostra a evoluçãoda concentração bancária no Brasil desde os anos90, a divisão dos ativos e dos depósitos entre as 20maiores instituições no país, a repartiçãoentre bancos públicos, privados e estrangeiros, e a concentração de agências e do crédito nopaís, por grandes regiões e por estado.