Trabalhadores paranaenses defendem aprovação de novo salário mínimo regional

30/03/2009 - 16h32

Lúcia Norcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - Em Curitiba, além da  defesa da manutenção dos empregos, salários edireitos trabalhistas em meio à crise econômica mundial,  trabalhadores ligados às  centrais sindicais e  entidades de movimentos sociais queparticiparam hoje (30) do Ato Internacional Unificadocontra a Crise,  devem  lotar as galerias da Assembléia Legislativa  nesta  tarde, em defesa da aprovação donovo salário mínimo regional , que será  votado pela  Comissão de Constituição e Justiça.

Se aprovado, o  saláriomínimo do Paraná vai passar das variáveis atuais de R$ 527 a R$ 547,80 paraR$ 605 e R$ 629, válidos para as categorias que não têm acordo coletivo detrabalho. O piso regional ficará 12,05% maior que o salário mínimo nacional epassa a vigorar em 1° de maio . De acordo com o Dieese,o novo piso regional deve beneficiar  até 453 mil trabalhadores diretos eindiretos.

Segundo ZenirTeixeira, membro da Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil(CTB), seção Paraná, representantes de todos os movimentos trabalhistas estãounidos para conscientizar os trabalhadores de que eles “não podemser punidos por uma crise que não ajudaram a criar”. Esses empresários jálucraram  muito – afirmou –  e numaprimeira crise querem demitir.

“Vamos acompanhar hoje a votação do novopiso para que os deputados não se intimidem com alguns empresários que possampressioná-los a votar contra o aumento, que trará  maior poder de compra para os trabalhadores", ressaltou.   

De acordo com Roberto Baggio, dacoordenação do  Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra(MST) e da Via Campesina,  a populaçãoque vive no campo, o agricultor que  produz,  está sendo atingido por uma  crise  que deveria ser  paga por uma  outra parcela, por aqueles  que detém a riqueza.  Para ele, o momento é de resistência,principalmente para que  trabalhadores nãopercam direitos já adquiridos . “Defendemos também a  agilidade da reforma agrária para que o homempossa viver e trabalhar no campo”, disse Baggio, acrescentando que só no Paranásão aproximadamente 6 miltrabalhadores esperando para ser assentados .

O vice-presidente da CUT no Paraná,  Miguel  Baez, ressaltou  que os trabalhadores reconhecem os esforços  dos governos federal e estadual para que ossalários aumentem gradativamente, repondo o poder de compra da classeassalariada. “Mas os mecanismos não podem ser isolados, devem vir em conjunto,a começar pela defesa dos direitos, mais empregos, prática de menores taxas dejuros.”