Lúcia Norcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - Em Curitiba, além da defesa da manutenção dos empregos, salários edireitos trabalhistas em meio à crise econômica mundial, trabalhadores ligados às centrais sindicais e entidades de movimentos sociais queparticiparam hoje (30) do Ato Internacional Unificadocontra a Crise, devem lotar as galerias da Assembléia Legislativa nesta tarde, em defesa da aprovação donovo salário mínimo regional , que será votado pela Comissão de Constituição e Justiça.
Se aprovado, o saláriomínimo do Paraná vai passar das variáveis atuais de R$ 527 a R$ 547,80 paraR$ 605 e R$ 629, válidos para as categorias que não têm acordo coletivo detrabalho. O piso regional ficará 12,05% maior que o salário mínimo nacional epassa a vigorar em 1° de maio . De acordo com o Dieese,o novo piso regional deve beneficiar até 453 mil trabalhadores diretos eindiretos.
Segundo ZenirTeixeira, membro da Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil(CTB), seção Paraná, representantes de todos os movimentos trabalhistas estãounidos para conscientizar os trabalhadores de que eles “não podemser punidos por uma crise que não ajudaram a criar”. Esses empresários jálucraram muito – afirmou – e numaprimeira crise querem demitir.
“Vamos acompanhar hoje a votação do novopiso para que os deputados não se intimidem com alguns empresários que possampressioná-los a votar contra o aumento, que trará maior poder de compra para os trabalhadores", ressaltou.
De acordo com Roberto Baggio, dacoordenação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra(MST) e da Via Campesina, a populaçãoque vive no campo, o agricultor que produz, está sendo atingido por uma crise que deveria ser paga por uma outra parcela, por aqueles que detém a riqueza. Para ele, o momento é de resistência,principalmente para que trabalhadores nãopercam direitos já adquiridos . “Defendemos também a agilidade da reforma agrária para que o homempossa viver e trabalhar no campo”, disse Baggio, acrescentando que só no Paranásão aproximadamente 6 miltrabalhadores esperando para ser assentados .
O vice-presidente da CUT no Paraná, Miguel Baez, ressaltou que os trabalhadores reconhecem os esforços dos governos federal e estadual para que ossalários aumentem gradativamente, repondo o poder de compra da classeassalariada. “Mas os mecanismos não podem ser isolados, devem vir em conjunto,a começar pela defesa dos direitos, mais empregos, prática de menores taxas dejuros.”