Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A prefeitura do Rio deJaneiro, em parceria com o Ministério da Saúde, iráinvestir R$ 35 milhões na reestruturação dasemergências dos hospitais Souza Aguiar, Miguel Couto, LourençoJorge e Salgado Filho, principais unidades do município. Cercade R$ 20 milhões ficarão a cargo do governo federal.O anúncio foifeito hoje (6) pelo prefeito Eduardo Paes e pelo ministro da Saúde,José Gomes Temporão, na sede da prefeitura, zona sul dacidade. Este é o primeiro passo, segundo Eduardo Paes, de umplano a longo prazo para melhorar a gestão de saúde doRio. “Trata-se de um planoemergencial para acabar com o atendimento precário que existehoje nas emergências desses hospitais”, disse o prefeito.Neste primeiro momento,haverá a substituição dos médicos deemergência de cooperativas, que trabalham nos quatroshospitais, por profissionais da saúde que serãocontratados por intermédio da Fundação OswaldoCruz (Fiocruz). Segundo o secretário municipal de saúde,Hans Domhann, hoje existem 580 profissionais nas emergênciasdos quatro hospitais, dos quais 250 têm contratos por meio decooperativas. Ele anunciou que estáprevista a contratação temporária de cerca de390 médicos, em 12 especialidades, a partir de maio, quandovence o contrato da prefeitura com as cooperativas. Segundo osecretário, o salário mensal será deaproximadamente R$ 3 mil. A estratégiaprevê equipes de pelo menos 30 médicos por plantãonas emergências. Segundo dados da prefeitura, os quatrohospitais beneficiados atendem a uma média de dois milpacientes por dia.Hans Domhann explicouque o novo plano de gestão irá priorizar a atençãobásica que por ser precária no Rio acaba superlotandoas emergências. “Cerca de 85% dos pacientes que procuram asemergências dos hospitais apresentam doenças quepoderiam ser evitadas ou tratadas em postos de saúde eunidades voltadas para o atendimento na atençãobásica”.O plano prevê oaumento da abrangência do Programa Saúde da Família(que atua dentro das comunidades carentes) que hoje atende a apenas3,3% da população carioca. O ministro da Saúdeadiantou que o papel da Fiocruz nesse processo de mudança nãose restringirá apenas à contratação demédicos. “A Fiocruz fará uma contribuiçãoimportantíssima na elaboração de um novo modelojurídico e institucional do sistema de saúde do Rio”.O prazo de conclusãodo novo plano e da parceria com a Fiocruz será de atédois anos.