Polícia Federal ainda não sabe se explosão foi atentado ou acidente

01/03/2009 - 11h20

Amanda Mota
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O diretor-geral doDepartamento de Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa,informou que ainda não se pode determinar se a explosão ocorrida na sexta-feira (27), no laboratório de perícia do órgão, em Manaus,foi um atentado ou um acidente. “Não temos nenhuma tesepré-estabelecida sobre o que houve. Atentado ou acidente, nãose pode afirmar nada ainda. Nos resta apurar com maior brevidadepossível as causas do ocorrido. Havia segurança nolaboratório, com instalações adequadas etécnicos profissionais. Todos os vestígios serãoinvestigados. Os peritos trabalhavam normalmente e faziam uma períciacomplementar”, afirmouSeis peritos emartefatos explosivos já estão investigando as causas daexplosão no laboratório. Os peritos são de Brasília e terãoo apoio de mais um colega da Polícia Federal em Salvador(BA). Eles vão permanecer na capital do Amazonas até aconclusão das investigações.A explosãoocorreu na sexta-feira, por volta das 18h30 – horáriode Brasília, em um laboratório no setortécnico-científico localizado no segundo andar da sededa PF, em Manaus, zona centro-oeste da cidade. Quatroperitos criminais estavam trabalhando no local. Um deles, AntônioCarlos Oliveira morreu na hora e seu corpo foi velado pela manhãna Câmara Municipal e enterrado à tarde. MaurícioBarreto Silva Júnior e Max Nunes - não resistiram àgravidade das queimaduras e morreram ontem (28). Apenas MarcosAntônio Mota Ferreira sobreviveu.De acordo com Corrêa,os quatro peritos examinavam uma bomba d’água contendococaína. Era a segunda perícia no material que, emnovembro, foi encaminhado pela Receita Federal para análise. Abomba d’água foi interceptada em uma agência dos Correios em Manaus. A encomenda foi considerada suspeita porque ascaracterísticas da nota fiscal não correspondiam àsespecificações contidas na embalagem. O remetente nãofoi identificado e o equipamento tinha como destino a Bélgica.