Marco Antonio Soalheiro
Enviado Especial
Mariana (MG) - Na esteira da criseeconômica internacional, cujos efeitos chegaram àprimeira vila de Minas Gerais, fundada em 1696, a prefeitura promoveuneste ano um corte brusco de gastos em relação aocarnaval de 2008. No ano passado, segundo o prefeito Roque Camêllo,que era vice à época, o Poder Público investiuR$ 1,2 milhão na festa, reduzidos este ano para R$ 500 mil. Os cortes foram feitos com a desativaçãode boates e a economia na contratação de seguranças,que se tornou possível com a colocação decâmeras de monitoramento das ruas. Além disso, foramcontratados para apresentação em palcos fora do centrohistórico artistas que cobraram cachês mais baratos. “Trouxemos bandas menores e privilegiamos ascorporações locais. E investimento material nem sempregarante o retorno desejado”, ressaltou o prefeito. A prefeitura tem 70% de seu orçamentovinculado à tributação minerária e temeuma queda com a provável redução dasexportações, em decorrência da crise. A receitacom o turismo ainda é incipiente e uma das razões paraque a cidade busque o reconhecimento como patrimônio históricoe cultural da humanidade, já que tem vários casarõesseculares, igrejas, museus e com valiosas peças de arte sacrae barroca. “O turismo ainda não ganhou a conotaçãode indústria por aqui. Queremos abrir outros leques”,admitiu Camêllo. Ele acredita que cidade poderá atraireventos nacionais com a construção de um centro deconvenções, em andamento, e com melhor marketingdo turismo religioso, especialmente na Semana Santa.