Ivy Farias
Enviada Especial
Bezerros (PE) - O artesanato popularé um dos destaques da cultura pernambucana, ao lado da dançae do ritmo marcantes do frevo e do maracatu. Para reunir adiversificada produção dos artistas populares, o estadocriou há seis anos o Centro de Artesanato de Pernambuco, emBezerros, a cerca de 100 quilômetros de Recife. O complexoreúne um museu, uma loja e um auditório usado parapalestras e oficinas. "Nosso objetivo é valorizar a artepopular do estado", diz a gestora administrativa do centro,Pollyanne Santos. "Não é porque o artesanato éuma arte feita em menor escala que é uma arte menor",afirma Pollyanne. Para ela, trata-se de uma manifestaçãoimportante não só para preservar a cultura popular: "Étambém uma fonte de renda para muitas pessoas.""Aqui temos as principais peças dosprincipais artesãos de todo o estado, do sertão aolitoral", informa Pollyanne. O centro tem trabalhos de 220artesãos de 32 municípios pernambucanos. Ali ovisitante pode aprender um pouco sobre a origem e o significado demarcas registradas do artesanato pernambucano, como a chita, tecidoque foi trazido da Índia pelos colonizadores portugueses ehoje é conhecido como símbolo da cultura local. "A chita ganhou representaçãono Nordeste por ser um tecido barato, colorido, artesanal, e agorafaz parte da cultura popular", explica a gestora do Centro deArtesanato de Pernambuco.Dos bonecos gigantes de Olinda às carrancasde Petrolina, tudo o que for de mais representativo no artesanatopernambucano está disponível para os visitantes: "Acarranca, por exemplo, é um objeto de superstição,é feia para espantar o mau-olhado." Além das diversas representaçõesde Lampião e Maria Bonita, há também exemplaresde xilogravura e literatura de cordel. "Aqui há desde oestilo da Renascença até a arte do sertão",resume Pollyanne.O centrofica na BR 232, Km 107. O telefone de contato é (81) 37281714. O centro funciona de terça-feira a domingo, das 9h às17h30. O valor da entrada do museu é R$ 1.