Advogado de brasileira pode usar lúpus como estratégia de defesa na Suíça

19/02/2009 - 10h53

Da Agência Brasil

Brasília - Oadvogado de defesa da brasileira Paula Oliveira, Roger Müller, afirmou hoje (19) que cogitaduas ou três estratégias para defendê-la . Entreelas, o fato de que ela sofre de lúpus como atenuantepara seu comportamento, que a teria levada a dizer que fora agredida por um grupo de neonazistas perto de uma estação de trem na Suiça. A doença poderia provocar, entre outrossintomas, distúrbios psicológicos em Paula, que tamém é advogada. As informaçõessão da BBC Brasil.

Na semanapassada, a brasileira relatou à polícia suíçaque havia sido atacada por um grupo de neonazistas em uma cidadepróxima a Zurique, na Suíça. Na últimaterça-feira (17), a Promotoria Pública de Justiçade Zurique indiciou Paula por falso testemunho e proibiu que ela saia do país.De acordo com um comunicado divulgado pelo órgão, aadvogada é “suspeita de induzir as autoridades ao erro”.

"Aindanão definimos nossas táticas, mas esta seria umadelas", disse Roger Müller, referindo-se à possibilidade de alegar que o lúpus poderia ter levado Paulo a fazer a falsa denúncia.  O advogado não quiscomentar a informação veiculada pela revista suíçaDie Weltwoche de que a brasileira teria assinado uma confissãoperante a polícia do país, admitindo que a agressãoteria sido uma história inventada por ela.

Abrasileira será ouvida na próxima semana pelo promotorpúblico responsável por seu indiciamento, Marcel Frei.Segundo Müller, o dia exato ainda não foi definido.Apesar de o Código Penal suíço prever uma penade prisão de até três anos para casos como este,Müller descartou a hipótese de Paula ser presa.

Eleavaliou, entretanto, que o caso de Paula é mais grave do queoutros que já ocorreram na Suíça, quando pessoasinventaram ou encenaram supostos ataques. Tais casos, segundo Müller,foram de "menor importância e gravidade leve".