Produtores pedem reajuste de 25% no preço mínimo do trigo

18/02/2009 - 0h36

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Um reajuste de 25% nopreço mínimo do trigo foi reivindicado hoje (18) porrepresentantes de cooperativas do Paraná e do Rio Grande doSul ao ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. Alémdisso, eles pediram a manutenção da Tarifa ExternaComum (TEC), de 10%, para as importações do produtofora do Mercosul.Segundo o secretáriode Agricultura do Paraná, Valter Bianchinni, que tambémesteve na reunião, o ministro sinalizou positivamente emrelação à manutenção da TEC, atéque haja necessidade real de retirá-la.“Os produtores nãosão contra a derrubada da TEC, mas deve ser feita no momentocerto, não agora. O país tem estoque de cerca de 3milhões de toneladas e deve ter que importar mais 3 milhõesaté o final da colheita, por volta de outubro”, afirmou osecretário. Ele disse que o ideal é que a tarifa paraas importações seja mantida pelo menos atéjulho.O novo preçomínimo pedido é de R$ 600 por tonelada, enquanto ovalor atual é de R$ 480. Essa ação, segundo osrepresentantes da cadeia produtiva, garantiria a comercializaçãodo trigo após a colheita. Antes disso, os produtores pediramR$ 2,5 bilhões em crédito para o custeio da safra, quecomeça a ser plantada no fim de março.O Brasil consome 10,2milhões de toneladas de trigo anualmente, enquanto suaprodução deve ser de 6 milhões de toneladasnesta safra, mas foi de 4 milhões na passada e pouco mais de 2milhões na anterior.Para o presidente daOrganização das Cooperativas do Paraná (Ocepar),João Paulo Koslovski, o país deve pensar em produzirmais do que consome. “O Brasil tem que exportar trigo. Temospotencial para isso. Nosso trigo é de qualidade e temmercado”.Koslovski elogiou oPlano Nacional do Trigo, lançado no ano passado pelo governopara ampliar o volume produzido no país. “Ele foi um dosgrandes responsáveis pelo crescimento da produção.Amparou com recursos cerca de um terço do volume produzido”,afirmou.