Lula defende parcerias para que projetos esportivos saiam do papel

17/02/2009 - 20h17

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ao participar da entrega do Prêmio Brasil de Esporte e Lazer deInclusão Social, no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lulada Silva defendeu hoje (17) parcerias entre o ministério do Esporte,governadores, prefeituras e a sociedade para os projetos esportivossaírem do papel.Segundo Lula, muitos municípios já contam comquadras esportivos, mas faltam professores de educação física. “Ascidades não estão preparadas para sua própria juventude”, afirmou, aolado dos ministros do Esporte, Orlando Silva, e da Casa Civil, DilmaRousseff. Nos próximos dois anos, o governo federal querconstruir 200 Praças da Juventude, espécie de complexos esportivos, emáreas pobres.Bem-humorado, o presidente Lula disse que não viunenhum vencedor receber da organização um cheque com a premiação emdinheiro. E falou que os premiados devem cobrar.“Vocês devem cobrar.Daqui a pouco a gente vai contingenciar o orçamento [da União] e nãovai sobrar dinheiro para prêmio”, brincouOs primeiros colocadosde cada uma das cinco categorias ganharam R$ 8 mil, os segundos, R$ 5 mil; e os terceiros, R$ 3mil. Deacordo com o Ministério, os premiados receberam o pagamento na últimasemana. Concorreram ao prêmio gestores públicos, pesquisadores, professoresuniversitários e organizações não-governamentais. Ao final dacerimônia, Lula disse que não poderia dar entrevista pois tinha derealizar um telefonema internacional. Segundo fontes do Planalto, aligação era para o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. No último domingo,os venezuelanos aprovaram a emenda constitucional que permite areeleição ilimitada de chefes do Poder Executivo e Chávez já anunciouque tentará um terceiro mandato. Já a ministra-chefe da CasaCivil, Dilma Rousseff, ao ser questionada sobre as declarações dosenador peemedebista, Jarbas Vasconcelos (PE), de que o PMDB, maiorpartido da base governista, está "impregnado” pela corrupção, não respondeu a pergunta e limitou-se a dizer aos jornalistas: “Tem dó”. O senador criticou o partido em entrevista à revista Veja.