Polícia suíça deve divulgar relatório sobre agressão à brasileira ainda hoje, diz cônsul

12/02/2009 - 10h12

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A políciasuíça deve divulgar na tarde de hoje (11) um relatóriosobre o caso da brasileira Paula Oliveira, agredida por supostosneonazistas na cidade de Zurique na última segunda-feira (8).A informação é da cônsul do Brasil emZurique, Vitória Cleaver.

Paulaestava grávida de gêmeos e já obteve aconfirmação, pelo hospital, de que perdeu os bebês.Agora, as investigações vão apontar se o aborto ocorreu antes ou apósas agressões. No momento em que foi abordada pelos homens,Paula estaria falando ao telefone celular em português com amãe, o que reforça a hipótese de que o crimetenha sido cometido por um grupo xenófobo.

Ementrevista à Rádio França Internacional, acônsul brasileira disse que entrou em contato com a polícia namanhã de hoje e que os investigadores têm se mostrado“altamente cooperativos”, ao contrário do que relatou ontem (11) a outros veículos de comunicação.

“Nosdisseram que estão investigando, utilizando,inclusive, testemunhas que chamam de indiretas, mas que nãopodiam me dar maiores detalhes.”

Vitórianão chegou a ver Paula porque a brasileira esteve, durante asúltimas horas, sob cuidados médicos. A cônsulchegou a conversar com ela por telefone e a expectativa é queas duas se encontrem ainda hoje.

“Justamentepara que eu possa ver a extensão das feridas, porque ela foimuito cortada. Ela foi agredida na segunda-feira às 19h30.Soubemos disso às 12h20 do dia seguinte, por meio de uma chamada queveio do Brasil. Localizamos Paula no Hospital Universitário deZurique”, contou.

De acordocom o relato da cônsul, Paula aparentava estar “chocada” e“extremamente aterrorizada” durante o primeiro contato feito pelaembaixada brasileira. Ontem, já com a presença defamilares na casa onde vive com o companheiro na Suíça,Vitória diz que Paula estava “tranqüila”.

“Combinamosque marcaríamos uma hora para vê-la e, com o pai,combinei que continuaria em contato estreito com a políciaporque evidentemente que eles estão interessados em elucidar ofato e nós também.”