Firjan defende redução do spread bancário para baratear crédito para as empresas

12/02/2009 - 18h27

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A redução do spreadbancário(diferença entre a taxa de captação e os juroscobrados pelos bancos nos empréstimos concedidos) paradiminuir o custo do crédito no país, com a ampliaçãode recursos para as empresas, foi defendida hoje (12) por Luciana deSá, diretora de Desenvolvimento Econômico da Federaçãodas Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

“A reduçãodo spread é uma pré-condição parao barateamento do crédito ao tomador final. Éimportante que a [taxa básica de juros] Selic sejareduzida, mas é mais importante até que sejam tomadasmedidas para reduzir o spread bancário”, afirmou. Dentre essas medidas, disse que umpleito da Firjan se refere à redução da parcelado Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que incidesobre as empresas. Segundo Luciana de Sá, houve uma reduçãodo IOF para o consumidor pessoa física, “mas nãohouve uma redução de uma forma geral para as empresasfazerem investimentos e para capital de giro”. Além do IOF, medidas como adilatação de prazos de pagamento de impostos poderiamcontribuir para “aliviar” o setor industrial. “Mas, no que dizrespeito ao crédito, o fundamental é o spread ea cunha fiscal [impostos que incidem sobre os empréstimos]”,disse.De acordo com pesquisa divulgada hojepela Firjan, o crédito deve continuar um obstáculo aocrescimento das empresas este ano, afetando de forma negativa 38% dasindústrias fluminenses com expectativas de captar recursos nomercado.

A diretora da Firjanestima que a tendência de redução da taxa Selicpelo Comitê de Política Monetária do BancoCentral (Copom) continue “mais acelerada agora”, tornando-se“mais gradual” ao longo do ano.