Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Pelo menos 51 pessoas foram presas hoje (11) pela Polícia Federal no Rio de Janeiro, Distrito Federal e em outros sete estados (Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Pernambuco, Minas Gerais e Paraná), onde foram realizadas duas operações para desarticular duas quadrilhas de traficantes de drogas sintéticas, como ecstasy, LSD, haxixe e lança-perfume. As operações receberam os nomes de Nocaute e Trilha Albis.A maioria das prisões aconteceu no Rio de Janeiro, onde 40 pessoas foram levadas para a Superintendência da Polícia Federal, na Praça Mauá, prestaram depoimento e foram levados para um presídio do sistema prisional do estado.De acordo com o delegado Vitor César Carvalho dos Santos, titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da PF, os presos no Rio de Janeiro têm em média 26 anos e pertencem à classe média alta. Um deles, Henrique Dornelles Forni, foi detido na cobertura onde mora, na Lagoa, zona sul da cidade. No apartamento dele, os agentes apreenderam documentos, dois cofres e uma TV de plasma.O jovem, conhecido como Greg, é apontado pela Polícia Federal como fornecedor de drogas sintéticas na zona sul do Rio.“Eram traficantes que levavam cocaína do Brasil para a Europa e traziam drogas sintéticas para serem consumidas aqui. A saída e entrada da droga no Brasil era pelo Rio de Janeiro, por São Paulo, Minas Gerais, pela Bahia e por Santa Catarina e os traficantes formavam casais para não chamar a atenção”, acrescentou o delegado.Ainda segundo Santos, as quadrilhas faturavam cerca de R$ 250 mil por cada pessoa que transportava a droga. O grupo investigado pela Operação Nocaute, conforme ele explicou, também traficava armas para favelas do Rio. “Os envolvidos na Operação Trilha faziam parte de uma rede de amigos de infância que costumava traficar as drogas sintéticas em festas, e também estava sendo investigada pela polícia francesa.”Os agentes cumprem mandados de busca e apreensão e de prisão expedidos pela 7º Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro com base na denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal no estado. Segundo a PF, as investigações da Operação Nocaute começaram em maio de 2008 e da Trilha, em abril do mesmo ano. Os acusados vão responder por tráfico internacional de drogas e associação para fins de tráfico. Se condenados, podem pegar até 20 anos de prisão.