Triplicam as investigações de crimes na internet do MPF em São Paulo

10/02/2009 - 18h19

Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O número deinvestigações de crimes na internet realizadas pelo Ministério PúblicoFederal (MPF) em São Paulo triplicou em 2008 na comparação com o anoanterior. Segundo o procurador Sergio Suiama, membro do Grupo deCombate aos Crimes Cibernéticos do MPF, foram abertos 1.975 processospara apuração de suspeitas de ilegalidades, contra os 620 processosabertos durante todo o ano de 2007.Em entrevista coletivaconcedida hoje (10), Dia Mundial da Internet Segura, Suiama afirmou queos crimes de pornografia infantil são o foco da maioria dasinvestigações. Esses crimes representam cerca de 75% dos casos apuradospelo MPF. Segundo ele, quase a totalidade do restante dos crimesinvestigados pelo MPF é formada pelos chamados crimes de ódio: racismo,preconceito e outros do tipo.Suiama afirmou também que oaumento dos casos de investigações se deve a dois motivos principais: oprimeiro, a maior capacidade do MPF em apurar tais ilegalidades; osegundo, a maior colaboração de empresas para com as investigações.Aindasobre a colaboração das companhias do setor, a empresa Google foicitada como exemplo por Suiama. Ela, que é mantenedora do site derelacionamento Orkut, acessado por 30 milhões de brasileiros, firmou umTermo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MPF em julho e, desde então, comprometeu-se em facilitar as investigações e restringir a inserção de conteúdos ilegais.“Quase90% dos crimes na internet acontecem no Orkut”, afirmou Suiama. “Aajuda da Google foi muito importante para as investigações”, reconheceu.IvoCorrea, um dos representantes da Google no Brasil, ratificou a intençãoda companhia em colaborar com o MPF e ressaltou que o número desuspeitas de irregularidades confirmadas ocorridas no site vem caindodesde a assinatura do TAC.