Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Proibirque crianças e adolescentes acessem a internet não é a melhor forma de ospais evitarem que seus filhos sejam vítimas de crimes praticados narede mundial de computadores. A afirmação foi feita hoje (10), DiaMundial da Internet Segura, por Rodrigo Nejm, diretor de prevenção daorganização não-governamental (ONG) Safernet Brasil, voltada ao combatea irregularidades cometidas por internautas.“Proibir o acesso einstalar filtros de controle não faz sentido”, disse ele, em entrevistacoletiva concedida na sede do Ministério Público Federal (MPF) em SãoPaulo. “Pesquisas mostram que 65% dos jovens acessam a internet fora decasa. O que fazer nestes casos?”Segundo Nejm, os pais devemtentar manter um diálogo franco com seus filhos sobre os perigosexistentes na internet para que as crianças e adolescentes sintam-se àvontade para falar dos sites e programas de computadores que acessam. “Se a confiança do filho acaba, o perigo está instalado. Acriança vai esconder dos pais o que está fazendo no computador.”Nejmressaltou também a importância das campanhas educativas sobre o bom usoda internet. Pesquisa coordenada por ele aponta que 37% dos jovensnunca ouviu falar dos programas de prevenção de crimes na rede. Aindade acordo com o estudo, 49% dos jovens que conhecem os programas deprevenção afirmam que eles são insuficientes.Uma cartilhalançada pela Safernet Brasil traz algumas dicas sobre o melhor uso docomputador. O livreto, além de outras dicas para o bom uso da internet,está disponível para download no site: www.safernetday.org.br.