Preço da cesta básica cai em dez capitais, revela Dieese

10/02/2009 - 14h47

Ivy Farias
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O preço da cesta básica, em janeiro,caiu em dez das 17 capitais estudadas pelo Departamento Intersindicalde Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As capitais que apresentaram quedas expressivasforam João Pessoa (-11,30%), Rio de Janeiro (-6,27%) eFortaleza (-5,12%). Dentre as sete localidades onde o preço dacesta subiu, os destaques foram Belém (5,85%), Goiânia(5,22%), Vitória (4,79%) e Salvador (4,48%). Na média anual, contudo, o preçoaumentou 10% em dez capitais: Vitória (20,10%), Florianópolise Natal (ambas com 18,02%) e Salvador (16,59%) foram as que sedestacaram neste quesito.Segundo o coordenador da pesquisa, JoséMauricio Soares, a queda no preço se deve a certos produtoscujos preços estão caindo. "Como não hámuita demanda internacional, o preço do óleo de sojaestá caindo", disse. Na avaliação de Soares, a cesta devecontinuar caindo. "O resultado está sendo positivo e devecontinuar assim nos próximos meses". Dez cidades registraram redução nopreço do arroz, produto que se encontra em período decolheita. A queda mais significativa foi observada em Florianópolis(-4,87%). Das sete localidades com alta, a maior ocorreu em Goiânia,com 3,96%. A variação em 12 meses ésignificativa em todas as regiões, situando-se entre 22,86%,em Salvador, até 46,17%, em Fortaleza. Em São Paulo, o custo da cesta básicana capital teve elevação de 0,85% em comparaçãocom dezembro, o sexto maior aumento entre as 17 capitais pesquisadas.Em relação a janeiro de 2008, a altaé de 5,43%, a menor elevação em 12 meses, noconjunto de 16 localidades para as quais o Dieese dispõe dedados para o período. O custo dos 13 itens essenciais ficou emR$ 241,53.O Diesse concluiu, ainda, com base no maior custoapurado para a cesta básica (que, em janeiro, foi registradoem Porto Alegre), que o valor do salário mínimonecessário para cumprir a determinaçãoconstitucional de cobrir as despesas de uma família com gastosbásicos (alimentação, moradia, saúde,lazer, previdência, transporte, higiene, educaçãoe vestuário) deveria ser R$ 2.077,15. O valor equivale a cinco vezes o piso em vigor atéjaneiro, de R$ 415. Em 1º de fevereiro, o salário mínimofoi reajustado para R$ 465.