É preciso evitar que o protecionismo se alastre, diz ministro

10/02/2009 - 12h17

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo estápreocupado com o protecionismo de mercado neste momento de criseeconômica mundial. “A nossa maior preocupação éevitar que o protecionismo se alastre”, disse hoje (10) o ministrodas Relações Exteriores, Celso Amorim, apósfazer visita de cortesia ao presidente do Senado, José Sarney(PMDB-AP).Durante o encontro,Amorim pediu a Sarney que o Senado dê prioridade àvotação dos acordos internacionais em tramitaçãona Casa.O presidente daFederação das Indústrias do Estado de SãoPaulo (Fiesp), Paulo Skaf, que também visitou Sarney hoje,afirmou que o Brasil não deve levantar a bandeira doprotecionismo. No entanto, assinalou que o país nãopode ficar parado diante de política protecionistas: “Temosque defender os nossos interesses, os nossos empregos.”Skaf reclamou ainda quea Argentina está impondo restrições àsimportações de vários produtos brasileiros. O presidente daentidade não quis falar sobre as projeções paraas taxas de crescimento do país neste ano: “Começar apregar que vamos ter um crescimento negativo em 2009 não ésaudável.”Ontem (9), o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, também alertou para o risco de medidas protecionistas dos países mais afetados pela crise financeira mundial. “Deforma mais o menos velada, os países vão tentarproteger suas economias contra a queda das exportaçõescausada pela crise internacional”, disse.Miguel Jorge lembrou que países, como osEstados Unidos, chegaram a anunciar planos de estímulo àeconomia que incluíam medidas para dificultar a entrada deimportados, porém voltaram atrás apósrepercussão mundial negativa.