Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As exportações brasileiras cresceram 17,6% na média diária da primeira semana de fevereiro, comparado à média diária do mês de janeiro, enquanto as importações diminuíram 7,5% na mesma base de comparação. Isso explica o saldo positivo de US$ 471 milhões na semana passada, quando o Brasil vendeu produtos equivalentes a US$ 2,7 bilhões e comprou US$ 2,2 bilhões em produtos estrangeiros.Houve, no entanto, queda de 18,7% nas exportações, em relação a fevereiro do ano passado, de acordo com números liberados há pouco pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Retração provocada, principalmente, pela menor venda de produtos manufaturados, com maior valor agregado, e que são menos procurados no comércio externo depois que a crise financeira mundial se deteriorou.O MDIC contabilizou declínio de 26,2% na procura externa por manufaturados brasileiros, como laminados planos de ferro e aço, automóveis, aviões, autopeças e calçados, além de gasolina, cujo preço atual é praticamente metade daquele praticado em fevereiro de 2008. Houve redução também, de 12,9%, nas exportações de semimanufaturados, com destaque para ferro e aço, óleo de soja em bruto e ferro-liga. A venda de produtos básicos (carnes, café e soja em grão, dentre outros) também caiu 4,9% em relação ao mesmo mês do ano passado.Na comparação com o mês anterior, porém, o Ministério registrou crescimentos substanciais nas três categorias de produtos. Os manufaturados aumentaram 26,2%, os básicos exportaram mais 11,8% e os semi-manufaturados venderam 11,7% a mais, considerando-se a média diária para efeito comparativo.Em contrapartida, as importações tiveram desempenho médio diário 27,8% menor que o registrado em fevereiro do ano passado, principalmente em função da redução de gastos com cobre e suas obras (-79,5%), cereais e produtos de moagem (-71%), combustíveis e lubrificantes (-69,7%), adubos e fertilizantes (-69%), peixes e crustáceos (-47,6%), papel e obras (-43,9%), filamentos e fibras sintéticas (-39,4%), extratos tanantes e corantes (-29,5%), alumínio e obras (-29,5%) e equipamentos eletroeletrônicos (-29,2%).Na comparação com janeiro deste ano, o MDIC observou queda de 7,5% na média diária dos desembarques de produtos internacionais, por causa das compras de aeronaves e partes (-64%), cobre e suas obras (-54,8%), combustíveis e lubrificantes (-50,4%), cereais (-26,8%) e siderúrgicos (-11%).