Amanda Cieglinski
Enviada Especial
Belém - Cercade 10 mil militantes de movimentos sociais, educadores erepresentantes do poder público estão reunidos nacapital paraense para o Fórum Mundial de Educação(FME), que começou hoje (26). O objetivo do evento, paraleloao Fórum Social Mundial, é discutir de que forma épossível construir uma novo mundo por meio daeducação.Segundo Salomão Hage, membro docomitê de organização do FME e professor doInstituto de Educação da Universidade Federal do Pará,os temas em debate são plurais: “Vamos discutir, porexemplo, questões culturais e de identidade das populaçõestradicionais, a possibilidade da educação transgrediresse sistema social excludente e elitista, a relação daeducação com o meio ambiente. Existe um conjunto detemáticas transversais.”Outra foco do FME é aeducação de jovens e adultos, já que, em maio,Belém será sede da 6ª ConferênciaInternacional de Educação de Adultos (Confintea). Oencontro é convocado pela Organização das NaçõesUnidas para a Educação, a Ciência e a Cultura(Unesco) de 12 em 12 anos e será a primeira vez que ocorreráno Hemisfério Sul. Para Hage, um dos principaisdesafios para a educação hoje, em todo o mundo, éouvir as demandas da sociedade.
“OFME está acontecendo em um lugar peculiar como a Amazônia,que tem uma grande biodiversidade e grande diversidade sociocultural.Temos aqui representantes de quilombolas, ribeirinhos, extrativistas– de certa forma, os segmentos populares estãorepresentados”, disse ele. Desse modo, é possívelcomeçar a dialogar com essas populações para darvoz a eles, acrescentou.Os debates do FME continuam atéamanhã (27) e serão encerrados antes da caminhada quemarcar o início oficial do Fórum Social Mundial.