Jovens encontram dificuldade para se inserir no mercado de trabalho

25/01/2009 - 17h18

Paula de Castro
Repórter da Rádio Nacional
Brasília - Os jovens profissionaise os recém-formados têm encontrado dificuldade para conseguiro primeiro emprego. Independente da área de atuaçãoescolhida ou do curso superior de formação, a falta deexperiência é um fator determinante. Dados do Ministérioda Educação mostram que todo ano mais de 700 milprofissionais entram no mercado de trabalho. Mas nem sempre hávagas suficientes. O estudante Danilo Carvalho não vai ter esseproblema. Ele se forma em Tecnologia da Informação nofim do ano e já está empregado. “Na verdade essaperegrinação vem há muito tempo. Eu já fiz várioscursos na área de informática e essa é uma áreaque você tem que estar sempre atualizado para não perdermercado. Tem que estar sempre estudando e aprimorando os seusconhecimentos”, conta Danilo.Essa busca poraperfeiçoamento é o grande segredo para se destacar emuma entrevista de emprego. O professor de sociologia da Universidadede Brasília, Pedro Demo, afirma que o estudante deve sepreparar para o mercado de trabalho ainda na faculdade.“Precisa ir desdecedo olhando as exigências do mercado. Muitos cursos oferecemchances de montar as empresas dos estudantes, nichos empresariais ou estágios”. O professor explica que essas açõesajudam na procura do primeiro trabalho.Segundo o professor, asuniversidades ainda não estão prontas para atendera algumas exigências do mercado. Pedro Demo explica que háum esforço para se adaptar às novidades mas, a maioriados cursos continuam com o currículo antigo, defasado.Uma outra causa para ogrande número de desemprego, seria o despreparado do estudante,mesmo depois de formado. Segundo o professor há dois motivos principais para isso.“Primeiro éque as condições de aprendizagem são muitoantigas, predomina o instrucionismo, a aulinha, a cópia e areprodução. Hoje o mercado exige particularmentepessoas que saibam pensar, saibam fazer textos, sejam autores, tenhamautonomia. E em segundo lugar, muitos cursos não tomamconhecimento das novas evoluções do mercado, asquestões da globalização e as crises docapitalismo”, destaca o professor.