Marco Antonio Soalheiro*
Enviado Especial
Salvador (BA) - Emsua viagem a estados do Nordeste para debater um novo plano dedesenvolvimento regional, o ministro da Secretaria de AssuntosEstratégicos , Roberto Mangabeira Unger, ouviu relatos que apontam acarência de infra-estrutura energética, de transporte e logística comoos principais gargalos que dificultam o progresso econômico e social.“Aprimeira medida é infra-estrutura já, de forma imediata e urgente.Estamos há mais de 2 mil quilômetros de São Paulo. Sem estrutura, é impensávelatrair empresas”, ressaltou o presidente da Federação das Indústriasda Bahia, Vítor Ventin, em uma reunião de autoridades, empresários elideranças da sociedade civil de Salvador com Unger . Segundo Ventin, aBahia precisa de um novo porto e da chamada Ferrovia Leste-Oeste, cujas obras estão em estágio de estudo de impacto ambiental.Oministro lembrou que dentro do Programa de Aceleração doCrescimento (PAC) há grandes projetos energéticos e logísticos para oNordeste. “Há um consenso sobre a necessidade de renovar e ampliar amatriz energética do Nordeste. Sempre que possível aproveitar asenergias renováveis, a hidroeletricidade, a eólica e a gerada atravésda biomassa”, assinalou. Para ele, o Brasil também deve estar aberto a projetos de geração de energia nuclear.Nocampo logístico, Mangabeira Unger defende o aprofundamento do paradigmamultimodal, ancorado por projetos ferroviários que interliguem oNordeste às demais regiões. “O efeito transformador dessas obras pode ser potencializado por um grande projeto estruturante”, disse Unger.Oplano de desenvolvimento que o ministro pretende consolidar no Nordesteainda será desdobrado em propostas concretas por um grupo executivocomposto por representantes de diversos ministérios e órgãos federais.Nas visitas aos estados, eles colhem sugestões e buscam conhecerprojetos bem-sucedidos, que aliam as perspectivas econômicas etransformações sociais.