Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O Consórcio Via Amarela, responsável pelas obras da futura estação Pinheiros de Metrô, informou hoje (7) que nenhuma família teria ficado sem fechar acordos de indenização com a empresa, passados quase dois anos da abertura de uma cratera no canteiro de obras, provocando mortes e transtornos para os moradores da região.Segundo a assessoria de imprensa da empresa, “todas as famílias das [sete] vítimas fatais do acidente” foram indenizadas em até 90 dias após o acidente e “todos os moradores, inicialmente deslocados de suas residências e instalados em hotéis da região, foram indenizados e retomaram sua rotina sem ter que recorrer à Justiça”.No entanto, em entrevista à Agência Brasil, Elenildo Adriano, tio do cobrador Wescley Adriano da Silva, morto no acidente, disse que ele e a mãe do rapaz não aceitaram os acordos de indenização propostos pelo consórcio e entraram na Justiça. Segundo ele, quem entrou em acordo com a empresa foi a viúva do cobrador, Thais, na época grávida do primeiro filho do casal. “Ela fechou um acordo frustrante na época com o consórcio”, lamentou Elenildo.Segundo a Subprefeitura de Pinheiros, dos 94 imóveis que sofreram danos por causa do acidente, nenhum permanece interditado atualmente. Sete tiveram que ser demolidos e outros 14 foram condenados, mas os demais foram todos liberados.“Todos [os imóveis] passaram por perícia e já foram desinterditados pela subprefeitura de Pinheiros. Os imóveis, em maior ou menor grau, receberam reparos, cujos valores foram contemplados nos acordos”, informou a assessoria do consórcio.A estação Pinheiros compõe o projeto da linha 4-amarela do Metrô de São Paulo, que vai ligar a Estação da Luz, no centro da capital, à Vila Sônia, na zona oeste. A obra da linha 4 será implantada em duas etapas, a primeira delas com previsão de entrega no final deste ano e início de 2010. Nesta primeira fase, serão entregues as estações Butantã, Faria Lima, Paulista, República, Luz e Pinheiros.