Presidente da Petrobras descarta queda no preço da gasolina em curto prazo

22/12/2008 - 15h19

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente da Petrobras, José SergioGabrielli, afastou hoje (22) a possibilidade de queda no preçoda gasolina no mercado interno em curto prazo, por causa da queda nopreço do barril do petróleo no mercado externo, comochegou a ser cogitado em alguns setores do governo.Segundo Gabrielli a política da empresa éa mesma de seis anos atrás de não repassar para omercado interno as oscilações do preço do barrilde petróleo no mercado externo. “Nossa reposta a essa pergunta é a mesmade seis anos atrás: O Copom [Comitê de PolíticaMonetária] já disse que nós nãofalamos de juros, e o que se espera é o que o Banco Centraltambém não fale sobre o preço da gasolina”,afirmou Gabrielli, referindo-se à ata da última reuniãoCopom, que previu retração no preço da gasolinano próximo ano.O presidente da Petrobras explicou que, nosúltimos seis anos, a empresa procurou manter uma relaçãodos preços interno e externo do barril do petróleo nolongo prazo. “Não passamos no curto prazo as variações[oscilações] de curto prazo para o mercadobrasileiro. Há seis anos, dizemos a mesma coisa.”Ele ressaltou que não é possívelsaber com exatidão quais serão as variaçõesdo preço da gasolina no mercado externo, assim como a docâmbio até julho do próximo ano. “Se hoje aprevisão do mercado é de que o petróleo vaivariar até julho 25% para mais, quanto vai variar o câmbioaté lá? Ninguém sabe. Conseqüentemente,estão aí duas variáveis cujo comportamento nãoestá claro: câmbio e preço internacional dagasolina. Então, por que nós vamos alterar hoje? Nãotem por quê.” Gabrielli lembrou que, quando o petróleofoi a US$ 140 o barril, a Petrobras, da mesma forma, nãoalterou o preço no Brasil. Segundo ele, é essaincerteza quanto ao mercado futuro do petróleo e dos derivadosque leva a empresa a manter sua posição. “Nãotemos clareza de quanto será o preço da gasolina nomercado externo daqui a seis meses e não sabemos qual seráa taxa de câmbio. Então, precisamos observar um poucomais para ajustar o preço de longo prazo no Brasil.”