Inflação em emergentes ainda apresenta níveis superiores às economias maduras, diz BC

22/12/2008 - 14h25

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Apersistência da inflação em paísesemergentes embora tenha se reduzido nos últimos anos, aindaapresenta níveis superiores a  observada em economiasmaduras. A conclusão está no RelatórioTrimestral de Inflação, divulgado hoje (22) pelo BancoCentral (BC).

Segundoo relatório, mesmo com os esforços das autoridadesmonetárias de países como o Brasil e o Chile, “pareceque décadas de elevadas taxas de inflação nessaseconomias ensejam a preservação de mecanismos formais einformais de indexação, que se manifesta em maior graude persistência inflacionária, em comparaçãoao observado em economias maduras”.

OBC lembra que aocontrário das economias maduras, as emergentes conviverammuito mais tempo com níveis elevados de inflação.“Alguns países – como Brasil, Argentina e Turquia –experimentaram longos períodos de hiperinflaçãonos últimos 40 anos. Só mais recentemente, as taxas deinflação nesses países começaram aceder”, diz o relatório.

Nocaso específico do Brasil, segundo o BC, “amemóriainflacionária talvez ainda seja relevante. Alémdisso, parte considerável da inflaçãobrasileira, associada aos preços de bens e serviçosadministrados por contrato e monitorados, ainda é formalmenteindexada devido a cláusulas contratuais, e mesmo no conjuntode preços livres há itens, como aluguel e taxascondominiais, que seguem práticas de indexação”.