Da Agência Brasil
Brasília - AUniversidade Luterana do Brasil (Ulbra) não vai recorrer da determinação do Ministério da Educação (MEC) que obriga a instituição a reduzir de 70 para 65 onúmero de vagas semestrais oferecidas para o curso de medicina. A informação é do coordenador adjunto do curso, Lionel Leitzke. Segundo ele, aUlbra vive uma crise financeira, por isso éimportante para a universidade que, apesar da redução de vagas, o MEC permita arealização do vestibular.“Nesse momento de crise nãovamos recorrer, mas vamos reavaliar com a reitoria, vamosrever o que isso influencia e o quanto antes nós pudermosvoltar a ter o número de alunos normais, de 70 vagas porsemestre, nós gostaríamos que isso voltasse aacontecer”, afirmou.Sobre os problemas apontados pelo MEC no precesso de seleção da instituição, Leitzke afirmou que o vestibular érealizado como nas outras universidades do país e que nãoserão feitas alterações na prova marcada para o próximo sábado(6). Segundo ele, a universidade deverá avaliar as colocaçõesdo MEC e fazer mudanças após a prova desse fim desemana.O coordenador considerou pequena para a universidade aredução de 140 para 130 vagas anuais.“Não é uma redução tãoimportante, mas que com certeza reflete uma posiçãomuito positiva do Ministério da Educação lutandopara garantir ao máximo a qualidade dos alunos da medicina”,concluiu.Além da Ulbra, outras duas instituições de ensino foram penalizadas pelo MEC. A Universidade de Marília (Unimar) e o campus deItaperuna (RJ) da Universidade Iguaçu (Unig) tiveram seusvestibulares para o curso suspensos. No caso da Unig, também foram cortadas vagas do curso que funciona no campus Nova Iguaçu (RJ).O reitor da Unig, Júlio Cezar daSilva, afirmou que só teve conhecimento do fato pelo DiárioOficial da União e que não tem detalhes dos termos danota técnica, nem da comissão avaliadora para poder semanifestar tecnicamente sobre essas questões. “Protocoleihoje um pedido ao MEC para eu ter cópia desses termos e apartir daí me posicionar melhor”, informou.Segundoele, a posição da universidade é a desempre buscar aprimorar seus cursos. “Vamos encaminhar issoà direção para que possa ser melhorado o queestá em pendência. O MEC deveria levar em conta outroselementos além do resultado do Enade”, disse o reitor embora considere a iniciativa do Ministério um estímulo à busca dequalidade.A assessoria do reitor da Universidade de Marília, Marcio Mesquita Serva, informou que ele está emviagem e deve se pronunciar sobre o assunto somentena terça-feira (9).