Informação e leis eficientes garantem direitos de pessoas com deficiência, diz representante

03/12/2008 - 19h28

Da Agência Brasil

Brasília - A aliança entre informação e leis eficientes garante direitos às pessoas com deficiência  A avaliação é do vice-presidente da Associação para Valorização e Promoção de Excepcionais (Avape), Carlos Ferrari.Em entrevista, hoje (3), à  Rádio Nacional, ele destacou os avanços brasileiros no tratamento dado às pessoas com deficiência e na legislação relacionada aos seus direitos e disse que as mudanças são motivo de comemoração nesse Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.“Hoje a pessoa com deficiência deixou de ser aquele que era beneficiado, que andava de chapéu na mão, para ser protagonista, para ser o ator principal da sua própria história. Então, realmente, a gente tem muito o que comemorar hoje” afirmou Ferrari.Para ele, "o grande elemento transformador é a informação” pois faz com que a sociedade abra suas portas para receber melhor as pessoas com deficiência.“Muitas das coisas nós conseguimos por informação, aí o legislador municipal, estadual ou federal às vezes dá um empurrãozinho, cria uma lei” disse Ferrari e citou como exemplos a legislação municipal ,que faz os estabelecimentos comerciais terem cardápios em braile, e a lei de cotas que determina percentuais mínimos de contratação de pessoas com defiência a serem cumpridos pelas empresas."[A lei de cotas] transformou a vida da pessoa com deficiência no Brasil, na medida em que fez com que as empresas cumprissem com a sua responsabilidade social de contratar também pessoas com deficiência”, disse.Para Ferreira, a legislação brasileira relativa as pessoas com deficiência é uma das melhores do mundo. “O Brasil tem trabalhos fantásticos, eu não tenho medo de falarisso, uma das melhores legislações do mundo. Falta ainda umaregulamentação para que ela seja cumprida de maneira efetiva, masmuitas leis já são cumpridas com qualidade. Nós temos organizações quefazem um trabalho de ponta e pessoas com deficiência que,efetivamente, estão percebendo a importância de fazerem parte daconstrução, da luta, e eu acho que isso faz com que o Brasil esteja àfrente" concluiu Ferreira. O representante da Avape também falou sobre medidas que ainda precisam ser tomadas, como a adoção de cédulas que deficientes visuais possam distinguir. “A melhor forma de identificação da cédula é por tamanho, porque uma marcação tátil sumiria ao longo do tempo já que  cédula vai passando de mão em mão, vai sendo dobrada”, defendeu.