Ministério da Saúde manda sacrificar cães com leishmaniose em Brasília

30/11/2008 - 16h26

Da Agência Brasil

Brasília - Levantamento daVigilância Ambiental do Distrito Federal (DF) constatou que 18%dos sete mil cães que vivem na região do Lago Norte de Brasíliaestão com leishmaniose e por determinação doMinistério da Saúde devem ser sacrificados.A doença afetaprincipalmente cães e homens, e a transmissão sóocorre por meio do mosquito-palha (flebótomo). A doença,no caso da leishmaniose visceral, causa nos humanos danos ao baço, aofígado e à medula óssea. A diretora daVigilância Ambiental do DF, Rosely Cerqueira, informouque divulgação sobreos animais contaminados será feita na próximaquinta-feira (4). Depois que os laudos forem entregues para oconhecimento dos proprietários, os cães serãosacrificados. Ela revelou quevários proprietários de animais contaminados jáse anteciparam à divulgação dos laudos.“Algunsdonos já encaminharam seus animais à eutanásia”,disse.O administradorregional do Largo Norte, Humberto Leda, acha importante que osmoradores estejam consciente da importânciade não manter em casa um animal doente.Acredito quea comunidade é consciente do risco de ter um cãocontaminado, que não tem cura. Ficar com um cãocontaminado é pôr em risco outras pessoas”, afirmou.O resultado da pesquisa e a decisão desacrificar os animais são contestados pela AssociaçãoProtetora dos Animais do Distrito Federal (ProAnima). A organizaçãoorienta os donos de cães a fazerem novos exames em seusanimais. A entidade afirma que há tratamento para cãescom leishmaniose.De acordo com adiretora da Vigilância Ambiental do DF, Brasíliaregistrou, em 2008, quatro casos de leishmaniose em humanos (todos naárea rural de Sobradinho), segundo Rosely Cerqueira. O númerocoloca o Distrito Federal Brasília em área de médiatransmissão.Entre as medidas deprevenção contra a contaminação deleishmaniose em cães estão o uso de coleiras, repelentes e vacinação. As pessoas devemevitar ambientes externos no período de atividade do mosquito(crepuscular e noturno), usar repelentes e colocar telas nas janelasdas casas. Outras medidas preventivas são o acondicionamentocorreto do lixo e a limpeza de quintais e abrigos dos animais.