Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Petrobras divulgouno final da noite de ontem (18) nota em que explica as declaraçõesfeitas ontem pelo gerente-geral de Novos Negócios deExploração e Produção da companhia, JoséJorge Morais Junior, no XII Congresso Brasileiro de Energia,realizado ontem.Segundo a empresa, só depois darevisão do Plano de Negócios da Petrobras, ainda emelaboração e análise, é que serápossível afirmar se haverá adiamento ou antecipaçãode seus projetos e, conseqüentemente, sobre os seus possíveisimpactos na curva de produção estimada para os próximosanos.
Na ocasião, Morais Juniorafirmou que, aliada à crise financeira internacional, a quedado preço do barril do petróleo no mercado externolevaria a Petrobras a adiar projetos e a priorizar aqueles quepropiciem retorno maior e imediato, como os voltados para a produçãode óleo leve, e que essa revisão nos projetos dacarteira de exploração e produção daestatal não afetaria a curva de produção para ospróximos dois anos.
Comedida, a Petrobras afirma, nanota, que como o Plano de Negócios está em elaboração,a empresa tem , ainda, como falar sobre adiamento deprojetos uma vez que “as metas e investimentos atuais da companhiasão os estabelecidos no Plano de Negócios divulgado emagosto de 2007, contemplando o período de 2008 a 2012”.
A empresa lembra, ainda, queconforme informado em 17 de outubro de 2008, adiou a divulgaçãodo Plano de Negócios para o final do ano, em funçãoda necessidade de concluir as análises dos projetos, frente àsnovas condições conjunturais.
Sobre a estratégia deantecipar a produção de óleo leve, de maiorvalor comercial, a Petrobras esclareceu que isso já vemocorrendo desde 2003, não só quanto à produçãode petróleo leve, mas também de gás natural.
“Essa estratégia tem oobjetivo de rentabilizar seus projetos devido à melhorqualidade e preço do óleo leve, além de aumentara oferta de gás natural para atender ao Plano de Antecipaçãoda Produção de Gás Natural [Plangas].”
Em relação àsunidades de perfuração, a empresa esclarece, ainda,que, em maio de 2008, a Petrobras anunciou a intençãode contratar 40 navios-sonda e plataformas de perfuraçãosemi-submersíveis para operar em águas profundas eultra-profundas e que as 12 primeiras unidades contratadas devementrar em operação até 2012.
A Petrobras ressaltou, porém,que “ainda não há data definida para a licitaçãodas 28 unidades adicionais, que deverão ser construídasno Brasil. Porém, isso não atrasará a entrada emoperação dessas unidades, programada para ocorrerentre 2013 e 2017”.Nas declarações de ontem, MoraisJunior havia dito que a queda no preço do barril de petróleoimpactaria a geração de caixa da companhia. “Nomomento em que o óleo cai de US$ 140 para U$ 60 [o preçodo barril no mercado externo] você tem um grande impacto nageração interna de caixa, que é responsávelpela manutenção dos projetos de curto e curtíssimoprazo. Então, são nestes projetos que nós temosque fazer alguns ajustes, porque eles não trazem nenhumimpacto na curva de produção e na garantia da segurançaoperacional”, disse, na ocasião.