Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Senado,Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), já admite levar para aapreciação do Plenário o projeto de lei aprovadona semana passada que cria o índice de correçãoprevidenciária. A matéria, de autoria do senador PauloPaim (PT-RS), foi aprovada em caráter terminativo na Comissãode Assuntos Sociais (CAS).Na semana passada, olíder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), disseque iria apresentar um requerimento à Mesa Diretora para quea matéria fosse apreciada por todos os senadores. Hoje, opresidente da Casa disse que, caso isso ocorra, não significaque o Senado esteja “voltando atrás” de uma decisão.“Um projeto pode seraprovado numa comissão e ser rejeitado em Plenário”,lembrou. Amanhã (18), às 14h30, Garibaldi tem reuniãomarcada com o ministro da Previdência, José Pimentel, orelator-geral da proposta do Orçamento para 2009, senadorDelcídio Amaral (PT-RS), e senadores que defendem a propostade Paim. O objetivo é tentar construir um acordo com ogoverno.Hoje (17), durante asessão plenária, alguns parlamentares voltaram adefender a recomposição das aposentadorias como prevêo texto do projeto aprovada pela CAS. Papaléo Paes (PSDB-AP),Mão Santa (PMDB-PI), Valter Pereira (PMDB-MS) e o líderda minoria, Mário Couto (PSDB-PA), já admitem realizaruma vigília durante toda a madrugada de quarta-feira (19) casonão haja um entendimento como o ministro José Pimentel.Essa vigília foisuspensa na semana passada quando o ministro, numa reunião nogabinete de Garibaldi, mostrou-se aberto a negociaçãodesde que os parlamentares indiquem uma fonte de custeio para asdespesas extras que a correção das aposentadorias epensões representará aos cofres da PrevidênciaSocial.A esses parlamentaressomou-se hoje o ex-presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Semdefender a vigília proposta, Calheiros defendeu o índicede correção das aposentadorias e pensões. Deacordo com ele, trata-se de “uma medida justa para que pessoasdesfrutem de uma aposentadoria justa”.Renan Calheiros disseainda que a discussão conduzida pelo governo não devegirar em torno dos impactos financeiros nos cofres da Previdência,mas no impacto social que ela causará na parcela mais pobre dasociedade. O PT e o DEM reunirãosuas bancadas nesta terça-feira para tomar uma posiçãosobre o assunto. A reunião da bancada do DEM estáagendada para as 12h e a do PT para as 13h, nasrespectivas lideranças.