Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), deputado Armando Monteiro (PTB-PE), defendeu hoje (13) a aprovação do projeto de reforma tributária, que tramita na Câmara dos Deputados. Segundo ele, a crise internacional não pode servir de argumento para a paralisação das discussões no Congresso."A crise não é razão para impugnar a reforma, mas há pontos que têm de ser aperfeiçoados", disse em audiência pública na Câmara, com a participação de secretários estaduais de Fazenda. “A unificação da legislação, sem dúvida, nenhuma representa um avanço", disse em referência à criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) federal, que a reforma propõe.Diversos secretários de Fazenda do país entregaram ao relator, deputado Sandro Mabel (PR-GO), um documento pedindo maior discussão da proposta antes da aprovação, que tem expectativa de votação ainda este mês na comissão especial. Eles apresentaram sugestões para a matéria e a discussão dessas propostas antes da votação.O relator pediu a aprovação da matéria. "Vamos enfrentar de frente essa reforma, vamos ter coragem de não empurrar mais quatro anos para frente", disse Sandro Mabel, que respondeu aos secretários: "temos de simplificar, se ficar tirando isso ou aquilo, fica logo do jeito que estáO parlamentar respondeu à sugestão feita pelo secretário de Fazenda de São Paulo, Mauro Costa Ricardo, que pediu que a alíquota do ICMS passasse de 2% para 4% no projeto da reforma. "A alíquota de 4% é um número de ajuste e é uma discussão que pode ser feita, pode ser reaberta. Mas, se começarmos a voltar pontos que são importantes da reforma e reabrirmos cada um deles, não tem jeito. Dois por cento é o numero que trabalhamos, todas as perdas e receitas foram com base nele", disse.