Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O presidente do BancoCentral, Henrique Meirelles, preferiu não fazer comentáriossobre o futuro da política monetária do Brasil e afirmou hoje (10) que cabe ao Comitê de Política Monetária (Copom) tomar decisões sobre o assunto. "A política monetáriamais adequeda para o Brasil está explicitada na ata do Copom divulgadana quinta-feira. E a política monetária a ser definida para o futuroserá objeto das próximas reuniões do Copom",respondeu ele, em entrevista coletiva, após ser questionado sea taxa básica de juros brasileira seria reduzida.Meirelles falou àimprensa durante um intervalo das reuniões do BancoInternacional de Compensações (BIS, na sigla eminglês). O presidente do Banco Central europeu,Jean-Claude Trichet, participou do encontro e ele disse, durante entrevista coletiva, que a redução dos índices deinflação poderiam colaborar para a redução dos juros.Segundo Meirelles, odocumento final da reunião do G20 realizada nesse final desemana, em São Paulo, deixa claro que os países devemencontrar formas de crescer sem causar aumento da inflação.Ele afirmou que o Copom buscará a maneira de seguir com osugerido.Sobre a possibilidadede o Brasil anunciar um pacote de ajuda a economia, como o da China, Meirellesafirmou que o governo já tomou medidas de incentivo ao mercado interno, grandeparte delas incluídas no Programa de Aceleraçãodo Crescimento (PAC). Porém, ele disse que o governo observa asituaçã e, caso necessário, estápreparado para tomar medidas adicionais.Para Meirelles,entretanto, o grande problema do Brasil atualmente é a faltade liquidez. Eleressaltou, contudo, que o governo já tomou medidas vigorosaspara resolver essa questão. "O Brasil enfrentou o problema da liquidez tomando uma série de medidas. O da liquidez em dólares, através dos leilões do Banco Central; o da liquidez em reais, através da liberação do compulsório e da determinação aos bancos oficiais de aumentar sua oferta de crédito."